Mal se abre o jogo e temos logo uma janela com um agradecimento do criador do jogo e uma lista bastante grande com o que de futuro nos será entregue como upgrade a este novo brinquedo. Esta decisão de entrada deixa-nos com um sabor agridoce na boca, primeiro pensamos que o jogo tem muito pouca coisa mas logo a seguir pensamos que o criador do jogo sabe muito bem para onde quer levar o jogo e para onde nos quer levar como jogadores.
No Main Menu optamos pela opção mais agradável em qualquer jogo “Start New Game” e escolhemos “1 Player” e temos o primeiro choque! Vinte personagens?! Mas por onde raio vou começar? Fazemos o que qualquer menino bem comportado faz, ler todas as tool-tips de todas as personagens e percebemos que entrámos num jogo com 20 estereótipos da sociedade norte-americana: desde um mendigo em que a descrição nos informa que o objetivo do mesmo é espancar qualquer pessoa por poucos Dólares, duas personagens de gangues rivais em que tanto um como o outro confessam terem visto um dos seus pais ter sido morto pelo respectivos rivais, mas o jogo revela-nos que afinal era apenas Cosplay e estavam apenas a desempenhar o papel, um Polícia que assegura o cumprimento da lei ou até um Banqueiro viciado em cocaína em que uma das suas Traits é ter de manter-se sempre sobre o efeito de drogas ou começa a sofrer de efeitos da ressaca.

Bem mas no meio de tanta opção, tantos traços de personagem e tanta personagem, a indecisão é imensa, a melhor opção é escolher uma personagem qualquer e atirarmo-nos para o mundo de Streets of Rogue. Um jogo com um design simplista, pixelizado mas com um bom uso de cores. As instruções das teclas surgem logo no início, a par de um conjunto de missões, sendo que o mapa é gerado automaticamente (o que o leva a nunca ser igual), apenas podendo ser ligeiramente semelhante a uma sessão de jogo anterior (algo que NUNCA me aconteceu nas mais de 50 tentativas suicidas neste mundo estereotipado). Com alguma surpresa, a IA dos NPCs apesar de simples e muito linear está surpreendente melhor que alguns AAA que andam pelo mercado.
Tal como a imensidão de personagens, o jogo pode ser jogado de diferentes maneiras igual ao número de personagens, desde executarmos todas as missões em modo invisível, a fazermos alguns hacks aos sistemas de defesas, envenenar os inimigos pela conduta de ar com um maço de cigarros ou até entrar a partir e matar tudo e todos. Podemos ainda jogar apenas com a nossa personagem de forma solitária ou recrutar ajudantes alguns que se juntam à nossa causa porque estereotipadamente são umas ovelhas que seguem um ramo de relva verdinha ou então um ramo de notas de 1 dólar. A lista de itens é outra coisa imensa e que nos dá ainda mais horas de diversão.

Nas primeiras vezes que tentamos perceber este mundo morremos de forma estúpida e quase sem entender o porquê, conforme vamos avançando vamos compreendendo tanto os NPCs como a AI, as nossas características e os vários personagens à escolha e as várias formas de jogar com os mesmos, começamos a divertir-nos e a conseguir avançar nos níveis. O jogo proporciona horas de divertimento e até mesmo o desafio de puzzles simples e lineares mas mesmo assim engraçadíssimos de resolver, polvilhados de uma dose de pixeis vermelhos e destruição capazes de espantar qualquer um, pois uma facada num inimigo é tão poderosa que pode destruir duas paredes e mais uma mão cheia de objetos ao mesmo tempo.

MAS MESMO ASSIM com tanta coisa disponível não conseguimos ainda avançar muito nos níveis do jogo.
Quando conseguimos de facto começar a criar alguma mestria em algumas personagens com as quais mais nos identificamos, começamos a avançar, ter mais cuidado, pensar mais sobre as nossas ações e é que chegamos AO FIM! FIM? Espera aí fim do que? Do jogo? Mas o jogo é assim tão curto?! Mas espera no texto de fim de jogo diz uma palavra “Alpha”… Pois é no meio de tanta diversão tínhamos conseguido esquecer que AFINAL O JOGO QUE ESTAMOS A JOGAR é uma VERSÃO ALPHA!!!
Streets of Rogue (podem descarregar o jogo aqui) é um jogo curto mas brilhante, que proporciona várias horas de divertimento com infinitas possibilidades de gameplay pois tanto pela sua diversidade de conteúdo, como também pela sua criação aleatória de mapas. E que ao nos lembrarmos do primeiro ecrã que vimos com as futuras Features, pensamos que de facto o criador tem razão quando nos inclui nessa lista a seguinte frase:
“UMA EXPERIÊNCIA DE JOGO MONUMENTAL?”
A nossa resposta é “Esta Galinha mal pode esperar Matt!”.













