Cabia tudo num CD?
É verdade, os 3 jogos de que vou falar hoje cabiam todos num CD, talvez tivessem que ser compactados, mas em termos de espaço estão ali no limite total dos 700 a 800mb combinados. Isto seria útil para quem pirateia jogos, e usa CDs mas como não é o caso é apenas um ponto comum entre os 3.
Tento em conta o espaço de memória que os 3 ocupam podem já calcular que são jogos pequenos ou então com gráficos bastante simples. Ou os dois…
Comecemos com BitMaster:
Num universo que reside aparentemente dentro de um mundo computorizado, os nossos personagens flutuam numa espécie de hoverboards e destruímos as hordas de blocos que nos tentam destruir.

Está aqui a explicação deste dual-stick shooter. Gráficos retro, numa jogabilidade de arcade moderno. Mesmo custando apenas €0.99 acho um desperdício de dinheiro. Altamente repetitivo, mesmo com alguma variedade de armas e inimigos o único ponto a favor é a física do hoverboard, os comandos conseguem ser bastante fluidos, mas de resto é abominavelmente chato.
Este pequeno jogo é uma mistura conceptual de Tron e Pac-Man, consegue ficar muito aquém dos conceitos base que o inspiraram. Nem a utilização do que já devia existir o salva. Sim Mattel, estou a dirigir-me a vocês: Onde está o meu hoverboard?
Depois passamos para Death’s Life:
Aqui o conceito agradou-me imenso, a ideia geral do jogo foi algo que me fascinou e deixou todas as células maléficas do meu corpo em ebulição energética qual Son Goku prestes a transformar-se em Super Sayan. Mas depois desapareceu mais rapidamente que um combate entre o Cell e o Hércules.
Detesto potencial desperdiçado e detesto boas ideias mal aplicadas. Aqui somos uma espécie de aprendiz da Morte, sim do Ceifador de Vidas, e a nossa função é precisamente matar pessoas.

Colocados em cenários aleatórios teremos que colocar objectos alinhados de certa maneira a que quando accionados numa espécie de máquina Rube-Goldberg, ou se preferirem numa sequência de dominó, o resultado final será a morte de alguém. Uma espécie de The Incredible Machine mortal.
O problema não é a ideia, mas sim o fracasso na sua aplicação. É extremamente difícil perceber quais os objectos com os quais podemos interagir porque a sua área muitas vezes é bastante pequena, depois disso é mesmo uma questão de tentativa e erro mexendo cada um de um lado para o outro porque apenas têm um máximo de duas a três posições tornando-o pouco desafiante e aborrecido. Dificilmente consigo dar-lhe o valor de €5.99 mesmo que as animações finais sejam divertidas.
Citalis é possivelmente o único que se podia safar.
Por €1.99 temos uma espécie de mini Sim City. Num sistema mais simplificado e orientado para o jogador mais casual, para um estilo mais gestor de fim-de-semana, Citalis oferece um pequeno desafio de criar e gerir uma cidade.
Podia dizer que o maior erro deste simulador de gestão imobiliária é estar no PC quando se adaptava muito melhor ao terreno do mobile, mas não é só esse.

Ao mesmo nível de erros está o problema de não se ter a oportunidade de fazer erros porque em Citalis não há demolidores, se construímos algo e nos arrependemos não se pode voltar atrás, é um pouco como a vida, tudo tem a sua consequência a não ser que tenhamos dinheiro suficiente para as ignorar. Aqui nem isso…
Obras primas couberam em disquetes (aquele ícone do save ;) para quem não sabe o que são) mas estes são a prova que muitas vezes tamanho não é sinónimo de qualidade, algo pequeno pode ser muito valioso como um diamante ou outras pedras preciosas. Estes calhaus não são o caso, não sofreram pressão suficiente para se transformarem.













