Nota: O título diz tudo. Este artigo não é um top. Por isso, marinheiros, se vinham à procura de sumários de jogos, podem navegar para outras águas.

2016 tem sido, porque ainda não terminou, um ano duro para os fãs de Pop Culture que assistiram à partida de muitos dos seus ídolos e vêem assim abaladas as inatas ideias de imortalidade que associamos sempre àqueles que consideramos nossos maiores e melhores. Preparem-se que 2017 não será melhor, pois, as razões pelas quais nos parece que esta translação foi particularmente cruel em nada dependem dos movimentos do nosso planeta à volta da sua estrela, mas do facto de que a era das super estrelas começou há coisa de um lustro, mais década, menos década, e que, uma vez que os humanos têm prazo de validade, valar morghulis, ou, citando o provérbio, certa só a morte. É um triste e feliz paradoxo que quanto mais povoado for o celeste tecido das nossas afinidades que tantas alegrias e enlevo nos proporcionam, maiores serão as nossas perdas.

Bem, este início foi bem mais umbroso que o que eu estava a prever. Comecei este texto e pensar em vida e é nesse sentido que quero continuar, afinal 2016 foi o ano em que nasceu o meu filho, como posso não gostar deste ano? Ainda por cima, nasceu no dia de Star Wars. Um fã não pode pedir mais. May the fourth be with you. Não, não se chama Lucas.

Neste meu “não top”, de acordo com a nota que deviam ter lido mal entraram nesta página, não farei um elenco de jogos, mas não posso terminar sem exaltar aquele que passei a considerar um género/sistema/mecânica que é “amigo dos pais que também são gamers” e que portanto leva a minha nomeação para receber o selo de aprovação de um “Pai Galinha” do ano. Ainda não adivinharam qual é? Trata-se claro está do “turn-based” offline. Estratégia, rpg ou acção, este género/sistema/mecânica permite-nos tomar conta dos nossos adorados pintos e ainda assim desfrutar de um dos nossos passatempos favoritos, sem nos preocuparmos com pausar, ficar afk e todas as trapalhadas que acompanham coisa em real time ou, pior, online. Se jogarem PC a versatilidade só aumenta.

Feito que está o elogio ao género/sistema/mecânica deixo os título que mais me interessaram e acompanharam Civilization V (sim, o cinco) onde, numa das expansões podemos jogar com Portugal, Civ muito divertido e competitivo e XCom Enemy Unknown (sim, o primeiro). Ambos jogos excelentes, muito rejogáveis e constantemente a aparecer em promoções. Raramente compro jogos AAA novos a sair do laboratório, porque a menos que sejam indies, os valores cobrados são, sinceramente, pornográficos. Se me quiserem fecundar, ao menos levem-me a jantar primeiro. Just saying… Como sou paciente, não me importo de esperar um pouco. Uma das grandes vantagens de jogar em PC é o acesso às Steam Sales e aos Humble Bundles e demais promoções. Jogar títulos não tão recentes mas que resistem ao crivo do tempo faz todo o sentido e é economicamente, bem mais apetecível.

Resta-me desejar a todos um óptimo 2017, sem tristezas, com bons jogos e óptimas promoções.