A proposta desta semana traz-nos três jogos completamente diferentes, no género, na abordagem e no propósito. 

Kick Ass Commandos

 

Kick Ass Commandos! Yeah! Ratatatata!! Awww yisssssss! A primeira proposta é este trigger happy Kick Ass Commandos, repleto de acção, tiros, porrada, facadas, explosões, tiros e falecimentos provocados por envenenamento por chumbo! A receita é simples. Pegue-se num top-down shooter de aspecto retro. Misture-se uma pitada de Hotline Miami e tempere-se com Cannon Fodder a gosto. Adicione-se Ikari Warriors, umas balas, tiros e explosões. Eis a guerra.

Leak exclusivo do GDE e do argumento de Kick Ass Commandos

Meta-se no forno, na temperatura máxima, em velocidade acelerada. O resultado é este Kick Ass Commandos, cheio de mortes, sangue, acção e tiros. Muitos tiros. Esqueçam por momentos a abordagem estratégica, os cálculos milimétricos, a rentabilização de recursos,  a perspectiva de baixas de guerra e técnicas de guerrilha avançadas e deixem-se levar pelo ímpeto do pontapé na porta. Dedo no gatilho e obliterem tudo quanto aparecer à vossa frente como um revisor da CP com OCD e Parkinson.

Posso ver o seu bilheeeeratatatatatatatatatatatatatata

Kick Ass Commandos é divertido, rápido, entusiasmante. Cumpre com o que se propõe fazer de forma inatacável e oferece momentos de pura e frenética diversão, com muito sangue à mistura. Fica a faltar uma componente cooperativa que permita transportar o jogo para o sofá para a modalidade olímpica de carregamento sincronizado de botões para despachar tiros e inimigos poder mostrar-se em todo o seu esplendor. Recomenda-se. Porque raramente escrevemos tantas vezes a palavra “tiros”.

Ena, isto tem sangue, tiros e explosões?!

Rogue Singularity

Interessante, esta proposta em Early Access, a modos que salvando um pouco a honra do convento no que a Early Access diz respeito. Por aqui, já se viram jogos acabados bem menos completos e sólidos do que este Platformer 3D futurista inspirado em Super Mario Galaxy. Rogue Singularity coloca-nos na pele de um Robot inteiramente customizável e lança-nos o desafio de voar, saltitar, desviar e percorrer os seus níveis gerados procedimentalmente no menor espaço de tempo possível. A banda sonora destaca-se pela positiva  e enquadra bem o jogo num género de sci-fi speedrunner navegando entre plataformas e desviando-se dos obstáculos e inimigos.

Let’s play Barbie!

O jogo permite-nos competir com tempos de jogadores espalhados por esse mundo fora, fiel ao seu espírito speedrunner, e propõe-nos ainda desafios semanais que prometem manter o jogo fresco por longas horas por entre amantes do género.

Friday Night Bullet Arena

Eu gosto de coisas com nomes longos e “Friday Night Bullet Arena” (que poderia ser melhor se levasse as palavras “forever in the night” algures, mas pode ser só embirração minha… ) fez-me lembrar o nome de álbuns dos japoneses , que nos brindaram com nomes como “If That Is What Is Being Thought, Liberated Sound Talks The Depth Of [Musical] World” para as suas criações.

E não é só por isso que Friday Night Bullet Arena me fez carregar no Play para voltar a ouvir Té. O jogo é de um minimalismo a fazer lembrar a capa dos álbums da banda também.

Não, não é uma mira técnica. É uma capa de álbum.

A proposta é simples: uma arena, vários jogadores, uma bala reutilizável por quem a dispara. Apontar, disparar, desviar, recolher a nossa bala, repetir o processo.

Olha, outra!

O jogo, próprio para ser jogado no sofá, com comandos nas mãos e rodeado de amigos, apresenta-se como interessante mas pouco mais que isso e por perto de 10€ há alternativas mais interessantes como Party Games.

A moda para Primavera-Verão é este tom a fazer lembrar a tangerina.

E prejudica-o também o facto de ser estritamente para ser jogado em modo multijogador, sem incluir uma vertente online. Os níveis são muitos, de facto, mas não diferem entre si o suficiente (tipo, sei lá, as capas de álbuns dos Té) para a coisa se refrescar em sessões de jogo longas. Engraçado, divertido, mas mais do mesmo ao fim de algum tempo. Não é um mau jogo, mas recomenda-se apenas àqueles que pretendem engrossar a sua lista de Party Games com um jogo competente mas sem se revelar brilhante em nenhum aspecto.

Não, não é uma capa de álbum!