Ballistic Overkill, lançado em Outubro de 2015, encontra-se ainda em Early Access na Steam. O jogo apresenta-se como um fast-paced PVP class-based shooter com um aspecto gráfico bem trabalhado e um cartão de visita bonitinho e lustroso. Como um bolo bonito que encontramos na pastelaria e nos deixa a salivar por uma dentada. Fresco. Fofo. Brilhante. A transbordar de creme e de deliciosura deliciosamente deliciosa.

Me gusta bolo!

Isto não é jogo para fracotes. Não há cá suportes para ninguém. Toda a gente mata! In Ballistic, everyone is a killer!, dizem eles como se fossem a última bolacha do pacote.

Memo fofo, memo bom, memo apetitoso, memo memo!

Só que… Ehhhhhhhh

É que…

Coiso.

Fica assim…

O bolo sabe a papel.

É bonito. E tem premissas engraçadas, com tipos de mapas e modos de jogo diferentes. E o sistema de classes que nos permite equipar armas e habilidades deixa um perfume muito agradável no ar mas… o raio do bolo sabe a papel de jornal. E não é de um jornal qualquer. É daquele que escreve “Leag of Legend” e “World of Warcaf” e diz que percebe do assunto.

Capitão Impávido mostra a sua cara mais feroz

O problema é que tudo parece errado. Os movimentos, os saltos, os sons, as animações, ou falta delas. A falta de feedback visual para quando levamos dano de algum lado… tanta, tanta coisa que corre mal quando saltamos para a arena que se torna difícil explicar.

Nunca sentimos que vestimos a pele da personagem – a não ser quando morremos e esticamos a mão, em desespero, em busca de uma salvação impossível – preso de movimentos, hirtos, deambulamos pela arena bem decorada como um abat’jour pintado à mão.

Salvem-me! Desinstalem-me este jogo! Por favor!

E é pena. É pena porque há de facto uma excelente base de trabalho por detrás deste jogo. E há um cuidado interessante do ponto de vista gráfico. Mas – e principalmente com outros Shooters e Class-based-fast-paced-FPS na berra, como Paladins ou Overwatch – a jogabilidade e a diversão deveriam ser as principais bandeiras de um jogo, e não é o que acontece aqui. É certo que as coisas serão para ser encaradas com o devido desconto, com o jogo ainda em Early-Access, mas, face a uma alternativa gratuita e incomparavelmente mais bem concebida que é Paladins, não consigo recomendar este jogo a ninguém.

[ Todas as imagens aqui presentes, bem como todos os testes realizados com Ballistic Overkill  foram realizados na máquina fornecida pela Alientech, a ALIENTECH MASTER EDITION, cujos specs podem verificar aqui.]