Look mom, I’m hacking!!!!

As Aventuras pelos meandros de um Simulador de Hacking

Alguma vez se quiseram sentir no papel de um Hacker? Hacknet pode ajudar, já que é uma forma interessante de colocar o jogador a executar missões atribuídas a Hackers, passando por umas que vão da simples recolha de informação, até outras, mais complexas, onde nos é exigido “matar” servidores. Tudo através de comandos de consola.

Comprei este jogo através de um Humble Bundle Monthly, e pela descrição e as várias avaliações na steam, fiquei com a pulga atrás da orelha para experimentar.

O enredo consegue manter-nos relativamente atraídos para continuar a evoluir na história e verdadeiramente “estudar” as soluções. Tudo começa quando recebemos um email de um Hacker que foi assassinado, e partir daí, vamos seguindo as instruções dele para tentar descobrir o que lhe aconteceu.

Janela do jogo onde executamos os comandos para tentar invadir uma máquina, através das várias vulnerabilidades das portas da Firewall.

Existem alguns momentos de exasperante repetição, principalmente na altura de hackear os dispositivos, em que eu cheguei a perguntar-me , “outra vez?”. Mas nada que me fizesse verdadeiramente desmotivar, pois o jogo vai trazendo alguns “twists and turns”, que me mantiveram preso e com vontade de continuar em busca da verdade.

O que achei interessante, é que, efetivamente executamos alguns comandos REAIS de Unix, trazendo para o jogo não só um realismo inquestionável, como uma componente de “nerdice” que não é muito comum de se ver em videojogos.

Ao contrário de outros jogos de Hackers (Watch Dogs, por exemplo), em que basta clicar num botão para a aceder a uma máquina, aqui senti que passo por todo o processo que é necessário para conseguir atingir o objectivo.

Brute force para descobrir a password da máquina.

Em determinada missão, chegamos mesmo a entrar em conflito aberto com um hacker rival, sendo uma situação stressante mas extremamente envolvente, tentando realizar as nossas tarefas tentando evitar que sejamos nós próprios hackeados.

No final, curiosamente, dei por mim a pesquisar algo mais sobre algumas das ferramentas e scripts que eram fornecidos no jogo, para ver até que ponto os passos que fazia tinha lógica ou não. Deixo a resposta a isso por vossa conta… joguem o jogo e descubram.

Eu, sendo programador, adorei esta vertente de “bater código”, que poderá ser o factor pelo qual algumas pessoas poderão não achar tão interessante. Mas como o preço é bastante aceitável (na altura da análise estava a 9.99€ na Steam), acho que vale mesmo a pena experimentar.