Opiniões são como os chapéus, há muitos e é por isso que quando diz respeito a jogos é difícil dar uma pontuação ou uma nota uniforme a cada um. A qualidade vai depender do gosto de cada jogador, há quem procure gráficos, há quem procure outras experiências e há quem procure liberdade do mundano, nem que seja por uns momentos. Por isso a equipa do Rubber Chicken juntou-se para listar os Essenciais. Para evitar listas gigantescas foi pedido a cada membro da equipa que quis participar 15 jogos (individuais, não séries) que toda a gente devia jogar, independente de estilo ou categoria. Como cada um tem os seus gostos pessoais alguns focaram-se em algumas categorias enquanto outros fizeram escolhas mais eclécticas, razão pela qual algumas listas serão maiores que outras, e aos olhos dos nossos leitores irão “faltar” alguns jogos. Nem todos temos a mesma opinião, e nem todos os vossos favoritos irão estar nas listas, aproveitem para os colocar nos comentários, expliquem porquê, partilhem opiniões, discutam, contribuam!

Começamos sem ordem em particular com os melhores jogos Survival/Horror

F.E.A.R

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Podia entrar na lista de FPS, mas quando o nome do jogo é medo era uma desfeita colocar noutro lado qualquer a não ser como primeiro desta lista. Não é mais assustador ou melhor que qualquer um que aqui esteja mas é raro encontrar um jogo em que uma figura seja tão imponente na sua emanação de temor. Alma ainda hoje habita muitos sonhos e recordações, transformando-os em pesadelos.

Resident Evil

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Dava para marcar o lançamento de Resident Evil em 1996 como o ano 0 dos jogos Survival/Horror. Há um Antes de RE, e um Depois de RE. Já alguns jogos como Alone in the Dark tinham tentado o criar o ambiente de terror e claustrofobia numa casa mas nunca como na aventura de Chris Redfield e Jill Valentine. Apesar de algumas falhas em alguns dos seus jogos posteriores é a sua combinação de terror, suspense e sensação de perigo que dá à luz a um dos melhores de sempre.

The Last of Us

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Habitualmente os jogos de Survival/Horror são individuais, mesmo que existam outros personagens e até que os controlemos ocasionalmente é a “nossa” sobrevivência que está sempre em causa. The Last of Us muda esse registo. A sobrevivência de Joel, controlado pelo jogador, passa quase para segundo plano em relação à de Ellie, e é neste personagem que se foca todo jogo, é na relação criada com este ser virtual e na luta pela sua vida que The Last of Us consegue ser melhor que os outros.

Resident Evil 2

Em alguns casos nestes Essenciais, jogos da mesma série são combinados num só, maioritariamente porque não acrescentam grandes alterações ou inovações às suas franquias, mas são os preferidos de um ou outro membro. Resident Evil 2 não é um desses casos. Após os acontecimentos na casa, Leon Kennedy e Claire Redfield pegam as rédeas da história e para quem pensava que grande parte do horror de RE valia por estar preso numa casa, muda de ideias ao ver que uma pequena cidade consegue ser igualmente uma armadilha cheia de ameaças.

Silent Hill 2

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A misteriosa cidade de Silent Hill é um ambiente aberto em teoria, contudo o seu nevoeiro intenso conseguia deixar qualquer um com falta de ar e sensações de claustrofobia. Aliando a essa sensação personagens que se tornaram icónicas no mundo do horror e o som tenebroso da estática do rádio não só é das melhores produções da Konami mas de todo o mundo do horror.

Resident Evil 4

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Se Resident Evil marcou os jogos de horror, RE4 deu a volta ao formato e conseguiu criar um modelo seu em horror de acção. Mais movimentado e aberto que os seus antecessores, este jogo originalmente um exclusivo da GameCube provou que há várias maneiras de esfolar um gato, e que o medo pode chegar de um gemido de um zombie ou de alguém nos grita “¡Detrás de ti, imbecil!” enquanto balançam um machado na nossa direcção. Criticado antes de sair e aclamado após o seu lançamento, consegue não assustar o jogador, mas sim deixá-lo numa situação de temor constante, sempre olhando por cima do ombro, ansioso pelo que possa estar ao virar da próxima curva.

Manhunt

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Manhunt é um híbrido, não tanto horror puro mas mais gore-survival, mas não deixa de ter um lugar nesta lista. Talvez puxando mais ao horror de filmes mais recentes como Saw do que clássicos de zombies (e infected) que os seus companheiros de lista, é um daqueles históricos tanto pela sua brutalidade visual como de enredo. Banido em alguns locais do mundo é um exemplo que o medo pode vir em várias formas e feitios.

This War of Mine

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Apesar de ser um jogo de estratégia na sua base é o seu foco na sobrevivência que é predominante. Realista, duro, cru, mostra-nos que não é só com zombies e monstros ou cenários tirados de filmes gore que podem ser assustadores, muitas vezes o horror e os monstros estão dentro de nós e no que fazemos uns aos outros.

A lista há-de ser aumentada regularmente, listas sempre em crescimento e alteração, porque é assim o mundo dos jogos e também é assim a equipa que vão incluir aqueles que achamos, em concordância os melhores jogos de sempre, aqueles que qualquer jogador novo ou velho, iniciado ou com anos de experiência deve jogar, nem que seja uma só vez.