Opiniões são como os chapéus, há muitos e é por isso que quando diz respeito a jogos é difícil dar uma pontuação ou uma nota uniforme a cada um. A qualidade vai depender do gosto de cada jogador, há quem procure gráficos, há quem procure outras experiências e há quem procure liberdade do mundano, nem que seja por uns momentos. Por isso a equipa do Rubber Chicken juntou-se para listar os Essenciais. Para evitar listas gigantescas foi pedido a cada membro da equipa que quis participar 15 jogos (individuais, não séries) que toda a gente devia jogar, independente de estilo ou categoria. Como cada um tem os seus gostos pessoais alguns focaram-se em algumas categorias enquanto outros fizeram escolhas mais eclécticas, razão pela qual algumas listas serão maiores que outras, e aos olhos dos nossos leitores irão “faltar” alguns jogos. Nem todos temos a mesma opinião, e nem todos os vossos favoritos irão estar nas listas, aproveitem para os colocar nos comentários, expliquem porquê, partilhem opiniões, discutam, contribuam!

Começamos sem ordem em particular com os melhores jogos de tudo um pouco

Corridas/Desporto

SSX Tricky

Corridas de snowboard. Algo que não se espera habitualmente ver numa lista de jogos deste estilo, mas SSX Tricky consegue algo dificílimo, o equilíbrio de movimentos e física numa prancha que desce a vários quilómetros hora por uma pista de neve, com truques. Dentro deste estilo, é sem dúvida um exemplo para os outros.

Gran Turismo

Quando foi lançado deixou queixos no chão devido ao seu realismo e condução exímia, todas as suas sequelas são um marco nos jogos de condução. O número de carros, pistas, alterações do ambiente e da condução perante eles foram completamente inovadores. Hoje em dia todos os jogos de corridas devem muito a Gran Turismo.

Wipeout HD + Fury

Nos jogos de corridas há vários estilos, de carros a motas, F1 a Rally, e até provavelmente ciclismo. Outro campo é o de naves e Wipeout HD Fury é sem dúvida dos melhores. Desde a banda sonora aos cenários das pistas e sem esquecer da sensação de velocidade alucinante tem em harmonia perfeita para os fãs de velocidade extrema.

Sprinter

Um speedrunner tão fora do normal que merece um lugar nesta categoria. Não é necessário carros, ou aparelhos quando os pezinhos funcionam, não é preciso adversários quando o maior somos nós próprios. A nobreza de um homem não está em ser melhor que os seus pares, está em ser melhor que os seu “eu” anterior. Sprinter é um exemplo disso mesmo, a obrigatoriedade de nos melhorarmos constantemente.

 

Shooters

Aero Fighters 2

Este clássico da NEOGEO de 1994 é semelhante a tantos outros vertical shooters, mas não é por isso que não está ligeiramente acima dos seus pares. Um jogo que recorda a quantidade absurda de moedas gastas em salas de Arcada. Esta espécie de Top Gun vertical fez as alegrias de muitos jogadores enquanto ouviam Kenny Loggings e sonhavam com a Kelly Mcgillies.

Rez

Rez é um shooter, mas é um shooter fora do normal, e por isso mesmo merece um lugar nesta lista. Um shooter em carris musical é algo que tinha tudo para correr mal, mas talvez por isso mesmo funciona na perfeição. Lançado para a Dreamcast é mais que um jogo, é uma experiência inesquecível.

Arte

The Graveyard

Nas palavras de quem o nomeou é um jogo onde apenas controlamos uma idosa, que caminha lentamente ao longo de um cemitério para chegar à campa. Sem saltos, sem aventuras, apenas um caminho lento tanto no jogo como na perspectiva de quem o joga de modo a mudar a mentalidade e ponto de vista para este meio que pode ser um veiculo artístico.

Flower

Controlar uma brisa num jogo pode parecer algo quase tão etéreo como o conceito é, mas Flower, dos mesmos criadores de Journey é uma obra de arte, uma espécie de período azul dos autores antes da sua obra mais conhecida.

Journey

Se Flower representa o Período Azul, Journey é a imagem do Cubismo. Qualidade entre ambos é discutível mas que este é o ponto comum da opinião geral sobre um jogo ser visto como uma obra de arte não há questões. Arte deve ser sentida e não debatida, para apreciar e entender Journey, é preciso jogar.

The Stanley Parable

Podia estar na lista de jogos em First Person, especialmente porque a sua base de programação está lá, mas é o tirar no tirar da caixa comum e apresentar ao jogador uma perspectiva e narrativa diferente que marca a sua diferença. É na sua história interactiva que está o cerne da qualidade deste jogo.

Life is Strange

Uma Graphic Novel jogável, uma aventura em que controlamos não só as nossas acções mas o tempo, podendo andar para trás e repetir o mesmo momento com outras opções, é quase como ter um super poder que gostaríamos de ter na nossa vida tão estranha, a capacidade de voltar atrás nos nossos erros ou avaliar consequências antes de seguir em frente.

Outros

Thumper

Podia ser um filho de Rez que também figura nesta lista. Este jogo musical é uma obra de arte visual, e não só. É literalmente música para os nossos ouvidos. O sistema de jogo é tão brilhante como viciante, é um oásis num deserto de jogos sem inspiração nenhuma.

Minecraft (vanilla, em multiplayer cooperativo)

Há uns anos atrás podia-se dizer que muita tinta tinha corrido acerca de Minecraft, mas já não se usa disso. Minecraft é o sandbox por excelência. Aquele jogo que pode dar ordens a todos os que se lhe seguiram e conseguiu unir milhões de jogadores com um objectivo comum. Partir pedra e construir coisas. A versatilidade dele é tão grande como o seu universo, que mesmo assim é menor que os seus fãs. Para quem gosta do estilo, é obrigatório não aceitar imitações.

Dota 2

Dentro dos eSports e em particular nos MOBA há guerras internas, fanboyismos comuns de todas as áreas, mas aqui apenas um desses ganhou lugar na nossa lista, se precisam perguntar quem o colocou na lista e o porquê temos razões que cheguem aqui ou aqui.

A lista há-de ser aumentada regularmente, estas listas estão sempre em crescimento e alteração, porque é assim o mundo dos jogos e também é assim a equipa que vão incluir aqueles que achamos, em concordância os melhores jogos de sempre, aqueles que qualquer jogador novo ou velho, iniciado ou com anos de experiência deve jogar, nem que seja uma só vez.