Alguns videojogos são desafiantes, outros presenteiam-nos com toda uma série de poderes que fazem de nós deus na terra, e por vezes as duas realidades juntam-se. Apesar de o desafio ter o seu quê de agradável, muitas vezes a vontade de ser todo-poderoso e imparável fala mais alto. Muitos são o que o prometem, mas poucos são os que o conseguem fazer realmente.

Eis alguns títulos da minha lista pessoal:

Prototype

Há muitas formas de descrever Alex Mercer. Assassino, monstro, terrorista, mas é inegável que para além de tudo isso, ele é mais que indestrutível. Depois de ser infectado com o Blacklight Virus, Alex viu-se detentor de uma série de poderes que vão desde o normal correr a velocidades extraordinárias, saltar sobre prédios, voar, mas também transformar qualquer parte do seu corpo em armas letais (garras, chicotes, escudo, uma lâmina gigante, etc.) e assumir a forma, acompanhada das respectivas memórias, daqueles que vai consumindo. As capacidades regenerativas associadas ao facto de se conseguir curar após consumir alguém faz com que Alex Mercer seja uma força da Natureza algo que o jogador partilha em pleno. Para os mais cépticos, experimentem dar um mergulho de centenas de metros numa Manhattan assolada de civis, infectados e militares, amparar a queda com qualquer um dos transeuntes, usando o seu corpo como uma prancha de surf, pontapear o pobre coitado contra alguém e dizimar tudo ao fazer emergir do solo uma série de colossais espigões. Caso se questionem sobre o que deveriam sentir, o silêncio que banha o mar de sangue e corpos que vos rodeiam é a resposta.

Dishonored

Ao contrário do título anterior, aqui é-nos possível concluir o jogo sem tomar a vida de quem quer que seja. Há algo de satisfatório em entrar, fazer o nosso trabalho, sair e ninguém dar por nada. E o facto de conseguirmos teletransportarmo-nos, manipular o tempo e possuir os nossos alvos, não só ajuda a garantir o nosso sucesso como a certificar que nos sentimos uma verdadeira sombra. Contudo, uma abordagem letal não é diferente. Também há um sabor especial em aparecer do nada atrás de um guarda que de nada suspeita e degolá-lo, juntando mais um corpo à nossa generosa lista enquanto procuramos limpar o nosso nome.

Saints Row IV

Saints Row é conhecido por levar as coisas ao extremo e este quarto título é a prova viva disso. Rapidamente assumimos o papel de presidente dos Estados Unidos da América e do nada damos por nós a ter que lidar com uma invasão de extraterrestres. Perdemos este primeiro contacto e é então que tudo fica muito mais interessante. Damos por nós numa simulação virtual, simulação essa onde temos toda uma série de poderes (voo, super corrida, super força, super salto, etc.) e um arsenal ridiculamente destrutivo. Juntando tudo isto, está mais que claro que caos nos seguirá por onde quer que andemos. Não tardará a que as torrentes de balas inimigas não sejam mais que cócegas e eles padeçam perante as vibrações potencialmente explosivas da nossa Dubstep Gun.

The Darkness II

Diga-se desde já que Jackie Estacado e a força malévola que dá pelo nome de Darkness fazem uma grande dupla… mesmo que Jackie dê ocasionais sinais de preferir ser normal. Quanto a nós jogadores, para quê ser normal quando podemos abrir caminho pelos nossos inimigos baleando-os com as várias armas que vamos encontrando e eviscerando-os com os poderes que Darkness nos concede? É violento, é gráfico e bastante gratificante! É claro que não podemos de referir as execuções, principalmente aquela que nos proporciona um escudo. Simplesmente brilhante!

God of War

Claro está que uma lista desta natureza não estaria completa sem este grande nome na sua composição. Há muito que temos acompanhado Kratos nas suas demandas por vingança, aniquilando personalidades da mitologia grega (e em breve nórdica) não só meros mortais mas também deuses e titãs. Cada novo capítulo é mais um crescendo na aventura épica que a vida de Kratos. Ninguém está seguro enquanto Kratos está sedento, e isso é algo que ele está sempre. Ele habituou-nos a ser invencíveis e a esta altura do campeonato, é difícil dizer que não a tamanha dádiva.