Caçada Semanal #86
OK Computer dos Radiohead foi lançado há 20 anos, nesse álbum encontramos uma das minhas músicas favoritas de sempre “No Surprises” que é a regra máxima de quem testa jogos como nós, a grande maioria é só mais do mesmo, esta caçada semanal trata de dois jogos que nada têm em comum a não ser o facto de me terem chegado à mesa no mesmo dia.
O primeiro é Aliens Go Home Run, que podemos encontrar no Steam pela quantia de €4. Vale a pena gastar isso nesse jogo? Bem… Talvez…
O que é este Aliens Go Home Run?
Nada mais que um dos milhentos remakes do clássico Breakout da Atari. Desta leva em vez da barra clássica abaixo controlamos uma jogadora do quarto desporto de equipa mais aborrecido à face da terra, o Baseball.
Esta jogadora tem que jogar impedir uma invasão alienígena disparando a sua bola para as placas acima e invasores. Uma espécie de mistura entre Arkanoid e Space Invaders.
Esta mistura clássica podia ser uma fórmula de sucesso, mas infelizmente não há alarmes de qualidade a balir quando o jogamos. A sua jogabilidade é mais difícil do que deveria e a curva de aprendizagem é às vezes muito frustrante.
Daqueles jogos que para mim são como o MacDonalds, se estamos à porta, com fome e há daquelas promoções de €1? Força, não faz mal a ninguém. Mas sinceramente não me vou desviar do meu caminho para lá ir quando há outros pratos bem melhores ao mesmo preço.
Já Unexplored é um Dungeon Crawler que se mostrou melhor que a encomenda.
Quando peguei nele os seus gráficos geométricos de visão top-down pareceram-me básicos e sem sentido. Controlar a Ciclope através de várias masmorras e campos abertos onde os inimigos não eram mais nada que triângulos e retângulos coloridos para formar ideias de animais e criaturas estava básica e sem interesse nos primeiros 10 a 20 minutos, cerca de duas horas depois percebi que tinha que largar o jogo pois outras obrigações chamavam por mim. Sempre que posso, volto em tranches pequenas de exploração para continuar a minha aventura e já me apercebi que ao contrário de muitos outros jogos que testo e depois retiro do meu PC, este vai ficar aqui durante mais uns meses.
É sempre bom quando recebemos estas pequenas jóias indie de surpresa, não digo que vá ser o meu Thea: The Awakening deste ano, mas é sem dúvida um dos meus candidatos ao Machado Indie(o) de 2017. Vamos em Maio e finalmente há um candidato de peso, que talvez no futuro vá ter uma análise mais a fundo que nesta opinião, o jogo tem alguns bugs que os developers têm andado a corrigir enquanto lançam DLC grátis e eu vou precisar de mais um a dois meses para investir neste jogo a fundo.
Os puzzles, a capacidade de crafting, e a exploração de masmorras cada vez mais interessante a cada nível de profundidade que avançamos são sem dúvida algo para ter em conta quando enfrentamos a sua aparente dificuldade inicial.
Pode ser um gosto adquirido, mas é-o facilmente e vale a pena os seus €10.