Em alguns grupos, uma total party kill (TPK) é algo a evitar ao máximo, enquanto que noutros, é alguma forma de derradeiro objectivo. Normalmente é algo que se associa ao DM/GM, como uma espécie de ultimato associado a um novo desafio: daqui obterão o maior dos sucessos, ou simplesmente morrerão, restando apenas uma nota vossa no rodapé da História. Contudo, alguns jogadores podem mesmo tomar a TPK nas suas mãos, mesmo que não no seu lado mais extremo.
É certamente um interessante momento ver um jogador ou grupo de jogadores a traírem os restantes colegas de equipa, mas será que se enquadra? Bem, tudo depende do contexto da campanha. Se for um one-shot e um dos jogadores chegou mesmo a falar com o DM/GM sobre essa intenção, porque não? Os restantes membros não estarão à espera e se o momento for bem escolhido, resultará certamente num confronto épico onde ou os restantes membros de equipa padecem perante os planos daquele que os traiu, ou este acaba por pagar caro pela sua traição. Mas, e se for numa longa campanha? Aqui pode na mesma aplicar-se o tópico anterior, mas uma vez que o tempo da campanha permitiu que as personagens se conhecessem melhor, se calhar mesmo ao ponto de saberem as verdadeiras intenções uns dos outros, elas podem mesmo vir a prever e antecipar essa mesma reviravolta. Então se um dos membros for uma personagem religiosa, todo o desenrolar pode atingir proporções interessantes. Imaginemos que o grupo acabou uma nova aventura e estão a celebrar e a repartir o saque, mas um tem outros planos. Enquanto se prepara para os eliminar um a um, um raio de luz incide sobre ele, seguindo-se rapidamente a figura de um divindade que encarou tal acto de traição como uma vil ofensa, vil ao ponto de requerer a sua intervenção.
Contudo, é importante lembrar que nem todos os grupos reagem da mesma maneira. Em alguns casos as hostilidades podem fazer-se sentir à mesa, algo que se quer evitar a todo o custo. Se todos forem apanhados de surpresa, é uma questão de cada um perceber a natureza do jogo e a perspectiva do outro jogador. Caso o DM/GM tenha sido informado previamente, é uma questão de ver quão boa seria esta dinâmica no grupo.
Uma outra alternativa, caso os jogadores queiram mesmo dilacerar-se uns aos outros, mas sem o risco de perderem as suas personagens, pode sempre fazer-se um bom velho battle royale. Se calhar não possibilita o mesmo tipo de surpresa, mas tal não impede que se guardem trunfos nas respectivas mangas.
É um interessante tópico, sem sombra de dúvida, mas um que requer cuidada atenção.
E agora que ninguém nos ouve, encontrei uns mapas das minas que vamos explorar amanhã. Claramente está muito bem armadilhada e todas as armadilhas estão aqui marcadas. Só preciso que os leves pelo caminho da esquerda na primeira bifurcação. Quantos menos formos, mais fica, certo?