Não sei se sabem mas a Valve fechou o Steam Greenlight, agora vai ter uma nova política de jogos novos entre outras coisas. O Steam está a mudar, também mudou as regras de atribuição de cartas (um dos meus hábitos mais ridículos) e outras coisas anda a tentar melhorar o serviço que nos dá diretamente mas também de forma indireta subindo a qualidade geral dos jogos que lá estão.
Nem tudo foi mau, mas no geral o stock da loja foi sobrecarregado de pequenos cagalhões (desculpem o termo) que são repetições infinitas de clones básicos. Eu não estou a criticar os pequenos developers indies, porque toda a gente tem que começar em algum lado, mas na verdade muito do que posto à venda no serviço era totalmente dispensável de lá estar e provocou esta mudança de paradigma pelo gigante de Gabe Newell.
Na verdade, Rocket Wars não esteve em Greenlight (que eu tivesse visto) mas quando o joguei fez-me lembrar outros tantos jogos de arena que já tinha jogado este ano e no ano passado. Muda ligeiramente a temática e cenários, um modo de jogo a mais ou outro a menos, e estes multiplayer locais ou online são exactamente o mesmo.
Rocket Wars usa um estilo quase ao nível dos velhinhos jogos arcade de final dos anos 1970, blocos de cor sobre um fundo preto com uma manobrabilidade de jogos recentes, mas não tem nada que se possa dizer que o faz sair do maralhal em que se encontra. Obviamente o visual é mais polido que os antecessores quarentões mas a ideia é ser nesse estilo visual.
Jogar Rocket Wars durante duas horas ou ir rodando por jogos semelhantes de 5 em 5 minutos vai dar exactamente a mesma sensação ao jogador. Pouca gente apoia e dá atenção a indies como nós aqui, contudo há dois tipos de indies no mundo, os que tentam fazer jogos diferentes e originais e nos dão obras como este, ou este ou até este que são excepções à regra, e depois há os outros que são tão originais como tentar descobrir qual destes se veste mais de preto.
Não consigo recomendar a compra deste jogo, nem para fãs do estilo, mas se estiver incluído num bundle qualquer, porque não?