O processo de criação de uma narrativa com todos os seus enredos e reviravoltas é algo que varia de pessoa para pessoa, tendo como elo comum a inspiração. Todos temos aquele filme ou série de onde tiramos esta ou aquela ideia, ideia essa que mudamos a nosso bel-prazer e que implementamos nos nossos jogos. Em suma, para se ser um contador de histórias, é também preciso consumi-las.
Há por aí fora uma imensidade de conteúdo capaz de satisfazer as necessidades de qualquer grupo, nem que seja começando pelas histórias pré-feitas para cada sistema. Contudo, creio que é só uma questão de tempo até que a vontade de criar algo a que possamos chamar nosso venha a surgir. É incrível pôr a imaginação a trabalhar, mas independentemente do quão bom possamos ser a criar algo, vai sempre acabar por chegar aquele momento em que tudo leva a crer que batemos contra uma parede. É aqui que a inspiração entra.
Primeiro temos que ver qual o contexto da nossa narrativa. Se estamos perante algo dentro da era medieval, a trilogia d’O Senhor dos Anéis é uma escolha fácil, podendo também optar-se por videojogos como Dragon Age e The Elder Scrolls. Talvez tenhamos algo futurista em mente. Aí podemos optar por Deus Ex e/ou o filme Blade Runner. Ou então, se calhar temos em mãos uma campanha inteiramente dedicada ao crime e ao mistério, pelo qual as histórias de Sherlock Holmes são um excelente go to.
Agora, uma abordagem mais filosófica. Suponhamos que consultaste todas as fontes e mais algumas. Leste todos os livros, viste todos os filmes e séries, jogaste todos os videojogos e ouviste todas as músicas, e ainda assim não sentes que encontraste aquilo que realmente precisas. Nesse sentido, o que recomendo é que olhes para o mundo, o mundo real. Há tantos tópicos que podem ser abordados, e estes com consequências palpáveis, desde intrigas políticas a complicações sociais; desde catástrofes ao esforço humanitário que as precede.
Há tanto que nos rodeia com o maior dos potenciais para ser explorado nestes mundos que vamos criando. Só nos basta ver e observar atentamente.
Pode vir a demorar, mas é inegável que aquela parede irá colapsar diante de ti, deixado um caminho aberto para o novo capítulo da tua história.