Caçada semanal #109

Há jogos nos quais gastamos tempo pelas mais variadas razões, o desafio intelectual, ou o desafio de destreza, uma história interessante, um estilo que gostamos particularmente, e há outros que não valem a pena o tempo que perdemos neles. Alguns no Steam eu jogo apenas pelas cartas coleccionáveis. Não há outra razão, são apenas um desperdício de tempo se não fosse pelo facto de me darem um X de cartas que eu posso vender, trocar ou guardar para ter um badge. Há alguma razão para isso? Não, assim como os achievements são totalmente inúteis, mas como sou um coleccionador inconsciente não me importo de o fazer.

Introdução acabada, vamos lá falar brevemente de dois jogos que não valem mais do que as cartas que nos dão. Começando por Lamp Head que é o que chamo um clicker (não confundir com o género propriamente dito), ou originalmente era um tapper, por que nota-se que é daqueles feitos para ir tocando no ecrã no telefone ou tablet, com aquele som característico.

O Steam está cheio destes joguitos que são portados de mobile para PC para que os seus estúdios encontrem outra fonte de rendimentos, mas é algo triste porque não há razão para os comprar aqui, vê-se que toda a estrutura do jogo é feita para o habitual serviço de pay 2 win. É um endless runner (com fim) básico onde controlamos o titular Lamp Head, e a única coisa que fazemos é um flip vertical, virando-o para baixo de modo a evitar obstáculos e para cima na mesma situação, aumentando a dificuldade e velocidade conforme avançamos.

Eu não tenho nada contra jogos simples, ou runners, Alto’s Adventure continua a ser dos melhores jogos que joguei nos últimos anos e não é só em mobile, mas lá porque é um bom jogo nessa plataforma não o quero no meu PC, não tem lugar lá, tal como este Lamp Head.

Não tenho nada contra jogos simples, mas tenho contra jogos que a) não são jogos; b) não são jogáveis e acima de tudo c) desculpam a sua péssima optimização ou produção como razões artísticas ou do próprio enredo. Project First Contact faz parte do segundo grupo.

Assim como o anterior também é um endless runner, quer dizer, é uma espécie de. É um jogo em perspectiva de primeira pessoa no qual extraterrestres invadiram a terra e de acordo com o enredo influenciam a percepção do personagem e jogador. O objectivo é ser um género de survival horror em carris, porque apesar do espaço aparentar ser aberto, não temos liberdade nenhuma.

Como é que o horror e medo é provocado no jogador? Com o que parecem ser bugs visuais tipo personagens cuja cabeça sai e nos é arremessada, e com barulhos. Tipo jump scares mas em pior que são naturalmente.

Jogos que não compensam comprar sem ser pelas cartas, e mesmo isso não tem grande valor. Ok, há um benefício, já comprei jogos como a venda de cartas, wallpapers e emoticons, mas isso é secundário.