Há muitas formas de descrever aquilo que são jogos de tabuleiro e o potencial daquilo que se pode obter com a sua prática, desde horas bem passadas a um crescimento exponencial no que toca ao génio criativo. A isto tudo junta-se a interacção social, da qual resulta um fortalecimento dos laços de amizade dos vários participantes.

Quando exploramos um novo sistema ou um com o qual já estamos bastante familiarizados, podemos contar com toda uma série de novas aventuras partilhadas, ora com o nosso grupo de suspeitos do costume, ou com alguém que, à partida, a única coisa que tem em comum connosco é o interesse por este hobby.

Pois bem, nestas aventuras muito se irá passar. As nossas personagens irão lidar com toda uma série de adversidades e em conjunto vão tentar superá-las, conseguindo-o umas vezes e falhando outras. Enquanto isto acontece, aquilo que sabemos sobre as pessoas que temos à mesa e aquilo que elas sabem sobre nós, aumenta. Deixamos de ser somente um grupo de pessoas unido apenas pelas nossas personagens, mas sim amigos (e nalguns algo mais) que terão sempre na sua memória os vários episódios com os quais se depararam nas suas aventuras.

É algo com o seu quê de mágico ver um grupo a crescer neste sentido, passando de interacções mais ou menos desconfortáveis através do role-play até à entrega absoluta às personagens, ao mundo, e àquilo que em que o grupo efectivamente se torna, num grupo.

Está claro que não é a única forma de se conhecer melhor alguém, mas é uma excelente forma de o fazer. A nossa imaginação diz muito sobre nós e as personagens que interpretamos podem muito bem ser um reflexo claro disso mesmo, pelo que uma pergunta como “porquê essas escolhas na criação da personagem?” é uma excelente forma de ir para além daquilo que é apresentado.

Este mundo pode ser vasto nas suas mais variadas adversidades e por vezes é necessário mais que uma luz ao fundo do túnel. É aí que entra o nosso grupo de jogo, um grupo de pessoas que nos conhecem e que conhecemos como ninguém, apenas porque passamos um bocado do nosso tempo a conviver no colectivo da nossa imaginação.

Em jeito de conclusão, independentemente daquilo que te atormenta, se tudo correu de feição, poderás sempre contar com a tua party.