Nota do editor: Quando Demons Age nos chegou originalmente à redacção o Ricardo Mota ainda não trabalhava na Bigmoon. O que originalmente foi pensado para ser uma análise, acabou por ser condicionado pelo timing da versão final. Isto levou-nos a decidir manter a ética e isenção que tivemos com o Munin e o Between me and the Night: visto que alguém da redacção do Rubber está envolvida com a empresa que criou o jogo, decidimos fazer um artigo apenas informativo ao invés de uma análise ou um artigo de opinião.
Demons Age é o mais recente título da Bigmoon Entertainment (Trapped Dead, WRC 3, WRC 5, Jagged Alliance – Back in Action). Um jogo RPG isométrico num contexto de fantasia familiar a Baldur’s Gate e com mecânicas e regras assentes nos princípios de Dungeons & Dragons 2,5.
No que à narrativa diz respeito, mesma tem lugar em Moragon, uma península onde há muito tempo elfos, anões e hobbits viviam em paz nas suas comunidades, mantendo pouco ou nenhum contacto, algo que veio a mudar assim que os humanos chegaram (como não havia de deixar de ser) e começaram a estabelecer rotas comerciais de uma ponta à outra. Foi só uma questão de tempo até que as hostilidades começassem, o que fez com que Vazur, o Senhor das Trevas, visse isto como uma oportunidade para renascer após milhares de anos adormecido. Através de Zogalon, um senhor da guerra que já dominava um dos portos mais importantes e que tinha juntado os orcs ao seu exército, Vazur abriu as portas do Inferno e libertou os seus demónios. Os habitantes de Moragon uniram-se face a esta ameaça e trataram de enviar Vazur para onde veio e selaram tudo com poderosos monólitos. Durante um século, tudo estava bem, até que rumores de demónios começaram a surgir. Tal alarmou Konrad Lijak, Rei de Moragon, que não tardou a enviar os seus homens para investigar. O feiticeiro da corte, Kaldulor, ficou incumbido de notificar o rei, o que fez com que ele enlouquecesse e desaparecesse, ficando a suspeita de que Kaldulor estava por detrás de tudo.
Com o reino em caos, damos por nós num barco, destinados ao cumprimento da pena associada a um crime por nós cometido, barco esse que naufraga e que nos leva a acordar nas costas de Moragon. É então que escolhemos um de vários prisioneiros que seguem neste mesmo barco, cada um com as suas qualidades e uma pena associada a um certo crime. Após a escolha daquele (ou daquela) que será a nossa personagem, segue-se a cutscene do naufrágio e quando damos por nós, estamos em Moragon.
O combate decorre na forma de turnos, tal como um qualquer jogo de Dungeons & Dragons, e tal como um qualquer jogo de Dungeons & Dragons, os dados são rolados, sendo prontamento expostos diante de nós o dado que foi rolado e o respectivo valor. A boa gestão da essência vital dos membros do nosso grupo é essencial, uma vez que se algum deles se deparar com a infelicidade de morrer, tal é permanente.
Outro aspecto a ter em consideração, é o facto de os membros do nosso grupo poderem, eventualmente, mudar de ideias quanto a nós e trair-nos. Por isso, caso não se queira ganhar um novo inimigo (principalmente um que tenha vindo a ser alvo de uns upgrades da nossa parte), é melhor ter cuidado no que se faz e como se faz diante dele.
Como alguém que jogou Baldur’s Gate, há um outro aspecto que acho que merece ser referido, e o mesmo prende-se a spellcasters. Em Baldur’s Gate, após usarmos os nossos feitiços, só os temos de volta depois de um descanso, enquanto que em Demons Age os mesmos são restaurados após cada combate, algo que, para mim, ajuda a garantir uma maior durabilidade e utilidade a cada spellcaster.