Quando falamos no destino, tendemos por norma a falar na sua natureza fatalista, contrariar a mesma recorrendo à inegável (ou não) existência de livre-arbítrio, entre outas perspectivas fundamentalmente filosóficas. Acrescentando a isto tudo, temos também o facto de o destino estar directamente ligado (literal e figurativamente) a jogos de RPG de mesa, na forma de Fate.
Fate é um sistema diferente mas fácil de aprender. Destaca-se por ser versátil ao ponto de poder ser usado em qualquer setting, tal como The Pool, e por também optar por uma vertente mais narrativa. Não existem classes propriamente ditas mas sim aspectos, pequenas descrições que ajudam a determinar quem a nossa personagem é e o que faz, sendo vagos o suficiente para que nós como jogadores os possamos usar a nosso favor nas várias situações e lançamentos de dados com os quais nos vamos deparar.
Podemos fazer comparações com outros sistemas, como por exemplo uso de stress quando sofremos dano e que podemos tocar por injuries, algo que podemos encontrar também em Star Trek: Adventures e A Song of Ice and Fire.
No que toca aos lances e aos dados usados, Fate é um sistema de d6 (dados de 6 faces) se bem que diferentes do normal. Em vez de números de 1 a 6, os dados de Fate têm os sinais de + e de -, havendo algumas faces sem sinal algum. Na altura de rolar uma habilidade, podemos adicionar os nossos aspectos para aumentar o nosso bónus (usando inclusive Fate Points), e por fim lançamos os dados, contando-se cada sinal rolado como +1 ou -1.
De um ponto de vista mecânico, pode parecer complexo, mas tal como qualquer sistema com o qual se tem contacto pela primeira vez, primeiro estranha-se e depois entranha-se.
Em suma, Fate é um sistema singular, com a sua própria maneira de funcionar, dando prevalência à narrativa que vai sendo delineada pelos jogadores. É um jogo versátil e que rapidamente se pode usar tanto numa partida única e rápida entre amigos como numa longa campanha.
Estaria destinado dizer que Fate se recomenda?