Foi das conferencias mais esperadas e que muito boa gente estava preparada para ver. Todos estávamos de olhos postos para o que a Microsoft iria apresentar, e desta vez ou ia ou rachava, era a última oportunidade para nos mostrar que uma Xbox One ainda valia o investimento.
Não achei uma apresentação má, até porque não esperava pior do que as anteriores e a Microsoft soube aprender um bocadinho com os erros mesmo sem ter de dar uma volta de 180 graus à sua estratégia, resumindo, pouco mudou.
Para quem esperava uma conferência aborrecida acabou por se surpreender com muitos jogos, muitas surpresas, muitas delas que a malta provavelmente irá jogar ou no PC ou na PlayStation 4. Para quem tem uma Xbox One, foi menos mau do que em outros anos, prometeram muitos bons jogos e a aquisição de 5 estúdios, sendo que por exemplo a notícia em torno dos Undead Labs não foi surpresa dado que já tinha um contrato de exclusividade. Já a Ninja Theory espero que não venha a ter o mesmo destino da Lionhead…
Aproveitando o mote aberto pelo José no artigo E3: ESPETÁCULO, ESPERANÇA E ENGANO, a E3 transformou-se num espectáculo de cultivo de expectativas e apenas marketing para o publico, o resto a portas fechadas para os investidores largarem ali mais verdinhas. Não querendo descurar do ainda importante papel que a E3 tem para divulgar o estado da indústria ao mundo, serve ainda para todos nós pensarmos se valerá ou não investir nalgum produto, e com isso não é menos importante do que qualquer outro evento.
Se desconstruir o que se passou nesta conferencia irei aproveitar o titulo do artigo acima referido:
ESPETÁCULO
Eu vi a conferência com alguns amigos, uns tinha ao seu lado minis, outros bolachas e até camarão, eu tinha uma garrafa de água caso a garganta ficasse muito seca. Entreteve e cumpriu nesse aspecto, ainda que o Phill Spencer com uma mão nas calças me fizesse pensar: “ele tem uma carta qualquer no bolso”, e na realidade até tinha algumas. Foram ali apresentados em primeira mão alguns dos rumores que se ouvia “por aí”.
O novo Forza Horizon todos já esperavam que ali aparecesse, o que não esperávamos era a revelação do Devil May Cry 5 e a nova aposta da FromSoftware. Mas para muitos terá sido o climax da conferencia que reservou a grande surpresa, com a revelação do primeiro trailer mais “sério” de Cyberpunk 2077 e que esperamos que não leve mais tempo a chegar e que seja a ideia definitiva.
Tudo o resto ficou mais ou menos na neblina, não será ainda este ano que haverá exclusivos em concreto, o novo Gears of War é algo que os fãs sempre esperam, o novo Halo Infinite ainda não se sabe muito bem se é carne ou peixe, e o foco nos indies foi muito resumido tendo eu ficado a pensar se dois terços dos 18 exclusivos prometidos estariam ali no meio dos jogos independentes, e muitos deles até pareciam interessantes.
ESPERANÇA
Diversas coisa deixaram-me intrigado, depois do anuncio dos 5 estúdios adquiridos, ficou a promessa dum maior investimento em exclusivos 1st party bem como ali o anúncio meio envergonhado que já estariam a preparar o novo hardware. A Microsoft não quis admitir que já desistiu da plataforma, mas estamos bem perto duma nova geração e eles obviamente devem querer dar o salto mais depressa do que o esperado para esquecer erros passados.
ENGANO
Em todas as conferencias há sempre aquelas brilhantinas que servem para meter uma pessoa meio confusa meio ofuscada, no caso da conferencia da Microsoft as brilhantinas estavam no jogo de palavras como “exclusive premiere” ou “console launch exclusive” que mais nada são do que multi-plataformas que ou são ali anunciados em primeira mão em exclusivo para a conferencia ou saem depois mais tarde para outras plataformas.
Foi uma conferencia positiva no global, tendo em conta as expectativas baixas, para muitos viu-se o que se queria, jogos, não se viu foi system-sellers o que é uma pena e nem tudo é “ver para crer”. Ainda vamos a meio de 2018 e 2019 já promete!