X-wings, Commandos, cenas no geral, são elementos encontrados no mundo de Star Wars, hoje queria dedicar este Ia-me Esquecendo ao meu colega de galinheiro Ricardo Mota, e falar um pouco do melhor jogo de acção/aventura de Star Wars: Jedi Academy

Jedi Knight – Jedi Academy faz parte de uma das nossas listas de essenciais, onde dizemos brevemente que “Jedi Academy é o sonho de qualquer fã de Star Wars onde podemos criar o nosso personagem e aprender a ser Jedi com Kyle Katarn e Luke Skywalker como Mestres” que é a mais pura das verdades, tanto quanto a verdade pode ser pura.

Boom! Quem diz é quem é! O ar é de todos!

Lançado no longínquo mês de Setembro de 2003, Jedi Academy não era perfeito, de longe a sua maior falha é a mais constante no jogo, mas tinha alguns pontos tão positivos que conseguiam esconder isso. O enredo era mau, não vou estar com rodeios, era básico, simplista e com algumas incongruências graves. Ou seja, tal como a maior parte dos enredos de Star Wars, tornando Academy fiel à sua natureza.

Resumidamente: o nosso personagem, Jaden, mostra uma grande aptidão para o uso da Força conseguindo fazer um lightsaber sem treino qualquer, então é convocado para a Academia liderada por Luke Skywalker (o fixe do antigo Expanded Universe e não o parvo do cânone actual) e é mentorado por um dos professores da escola, Kyle Katarn, o mais fixe dos Jedi e protagonista dos jogos Jedi Knight anteriores. Alguém anda a sugar a Força de locais onde ela é abundante, e a nossa missão é investigar vários locais e descobrir quem e porquê. Acaba por ser uma Sith que quer ressuscitar Marka Ragnos, um Lord dos tempos da Velha República. Há uma bifurcação perto do final do terceiro acto, mas já lá vamos, o plot, como havia dito é isto, a parte mais fraca, mas quais são as mais fortes? Opções, principalmente.

Escolhas, escolhas, escolhas…

Jedi Knight – Jedi Academy é o primeiro (e último) da série a dar-nos uma série de opções, que apesar de serem apenas estéticas, conseguem criar uma ligação maior do jogador ao personagem, algo que pode não parecer importante mas é.

Quando jogamos os outros Jedi Knights controlamos Katarn, um personagem com história no universo, com um visual marcado e característico que agora que penso nisso parece ter sido uma grande inspiração para Kanan Jarrus em Star Wars Rebels, não podemos fazer nada acerca disso mas em Academy começamos logo com a possibilidade de poder fazer não só o nosso personagem, podendo escolher o seu género e tendo 3 espécies em cada um deles sendo uma delas a humana. Além da espécie e género podíamos escolher as roupas, cor das mesmas e da pele do personagem. Mas o melhor de tudo é que podemos criar o nosso próprio lightsaber, aquela arma tão elegante para tempos mais civilizados. As opções não são muitas, alguns cabos e algumas cores de lâmina, mas são as nossas, o nosso desenho.

Purpura é fixe, verde é para Jedi’s de Alcochete

Ao contrário dos outros Jedi Knight, começamos logo com um Lightsaber na mão para poder cortar Stormtroopers e outros inimigos a torto e a direito, era preciso um cheat code para cortar efectivamente braços e pernas, não sei se ainda é. Eventualmente começamos a encontrar inimigos com lightsabers também e aí começa a diversão a sério, os combates de espada são fluidos, dinâmicos, emocionantes são o que faz do jogo realmente mágico, especialmente nos capítulos mais avançados em que podemos escolher estilos de luta, tendo começado com o normal por defeito, podemos optar por um estilo rápido, ou um forte ao passar para o segundo capítulo, quando avançamos para o terceiro, há ainda mais opções. Podemos ter os três estilos (rápido, normal, forte) usando um sabre, ou escolher um modelo novo, seja dual-wielding ou double-edged e manter apenas dois estilos.

De personagem irritante na sua introdução a fenomenal na sua evolução: Ashoka Tano!

Nesta fase do jogo, os nossos adversários também já são mais proficientes com as suas armas e técnicas, obrigando-nos a variar estilos, formas e ataques, tornando alguns encontros dignos de estar constantemente a ouvir o Duel of Fates quando há mais que um sabre no ecrã.

Assim como na criação de personagem, arma e estilo de luta, a opção também passa pela história e mecânica de jogo, sendo cada capítulo composto por 5 missões para fazer pela nossa ordem escolhida, sendo obrigados apenas a fazer 4, ao completá-las aumentamos os nossos poderes ao nível que quisermos sejam eles do Light ou Dark Side, podemos optar por regeneração e disparar relâmpagos ao mesmo tempo, ou focar apenas num ao máximo, somos senhores do nosso destino e de quem somos naquele mundo. Tal como foi dito antes, num ponto crucial do enredo também temos que fazer uma opção importante, seguindo a dicotomia básica de Jedi e Sith. Ao escolher o Lightside temos que impedir o reavivar de Marka Ragnos para depois nos tornar mestres na academia se bem me lembro, escolhendo o Darkside temos que destruir tudo e todos e tomar o seu poder para nós mesmos sendo o novo Sith Lord Supreme ou qualquer coisa do estilo. Enredo básico mas mais uma vez, a escolha é nossa.

I believe I can Fly… I believe I can cut your arm…

Como muitas vezes acontece num bom jogo o que o torna melhor é o seu público, neste caso específico quem criou e mantém vivo Movie Battles 2, o mod que permite batalhas multiplayer em equipa (tipo CoD ou CS:GO) dentro do Universo Star Wars usando como base Jedi Academy. É graças a este mod que um jogo de 2003 ainda está bem vivo e altamente recomendável.

Jedi Academy é dos melhores jogos de acção de Star Wars muito devido à sua mecânica de luta e à sua capacidade de dar ao jogador várias opções por onde escolher. Falta-lhe algo, como um bom enredo e maior profundidade no lore de Star Wars, mas é apenas um jogo de acção, isso é algo para o Ia-me Esquecendo do melhor RPG de Star Wars que fica para um futuro não muito distante, numa galáxia bem perto de nós.

Falando em galáxias distantes e outras coisas, será que foi esta academia que o Skywalker chacinou? Faria algum sentido…