Lembram-se d’As Aventuras Fantásticas?
Aqueles em a personagem estava LLLLLeeeeeennnntaaaaaammmmmeeeeenteee a caminhar por um corredor sombrio, ofegante, sem saber como lá tinha ido parar, ou quando é que lhe tinham amputado o braço, com uma porta imponente a mostrar um pequeno raio de luz, intermitente com o som de um martelo a bater em algo que não conseguimos discernir o que é… e a certa altura aparece assim “se achas que a personagem deve continuar e abrir a porta vai para a página 72, se achas que a personagem deve voltar para trás aos gritos continua na página seguinte”.
Conseguem transpôr isso para um setting magicó-medieval? Fantástico. Aqui está :
Swordbreaker The Game
O nosso amigo “Quebrador de Espadas” ouviu rumores, (primeiramente em Russo, pois foi a língua que por alguma razão veio pré-definida no jogo, mas posteriormente em inglês), de que o diamante mais valioso de sempre estava guardado algures num castelo não muito longínquo, e que alguém engenhoso o suficiente seria capaz de o “adquirir”.
Decidiu então fazer-se à estrada, espada numa mão, quebrador de espadas na outra (arma que eu espero que tenha sido inspirada no Shredder das TMNT).
Começando o jogo, somos os donos e senhores das nossas decisões, (dentro de um espectro muito limitado de duas a cinco opções), dando o corpo ao manifesto sempre que escolhermos a errada, (das cerca de 325 ilustrações, mais de 100 são cenas a ilustrar o nosso completo e total falhanço, diria até, death scenes), e após a terceira falha, xau aí, começámos de novo.
A história apesar de genérica é engraçada, com vários finais possíveis, com alguns momentos inesperados pelo meio, (existe até a possibilidade de encontrar aliens… ou não… ou sim, porque o conflito intergaláctico não pode ser posto de lado por causa de um mísero diamante.
Se esperam um alto nível de jogabilidade, vão ter que ir procurar a outro sítio, este jogo tal como eu disse, poderia ter sido feito no Powerpoint, mas isso não tiraria o mérito às belas ilustrações nele presentes.
Para quem não põe a jogabilidade e animações acima de tudo, e gosta principalmente de uma história engraçada e maioritariamente de um bom artwork, não vão ficar desiludidos com Swordbreaker, os desenhos são fantásticos e abundantes.
Pelo preço de 3€ , que é basicamente metade do que custa um livro de banda-desenhada nos dias de hoje, podem ficar com esta boa adição à vossa biblioteca de novelas visuais, com pelo menos umas horitas de jogo até conseguirem desbloquear todos os finais.