Sexta-feira passada estava eu em casa acabado de chegar do escritório quando recebi um e-mail a dizer que tinha sido escolhido por Deus, não para ser salvo no fim dos dias mas para ficar na Terra, com todos os outros rejeitados do apocalipse para lutar até à morte no inferno que se tornou o planeta, pensei para mim mesmo: “Esta coisa da religião está muito avançada, até utilizam e-mails…”
Enquanto me equipava para deixar este mundo aos pontapés, gritos e coberto no sangue de outras pessoas, a minha querida mulher olhou para mim vestido com armadura de couro e a afiar um machado com aquela cara de “O que é ele está a fazer? Hoje não é terça-feira…” e quando olhou para o monitor do PC chamou-me a atenção que o e-mail que recebi era apenas para um teste pré-alfa de Rapture Rejects, publicado pela TinyBuild que havia sido anunciado na E3.
Este foi daqueles jogos lançado imediatamente para o meu top 10 da E32018 quando estava a ver o PCGaming Show no Twitch da capoeira com o resto do pessoal. Tudo bem que é um Battle Royale, estilo que eu não consigo entender o fascínio, mas toda premissa do jogo e da TinyBuild ter uma boa reputação de publicações na minha opinião, nem que seja pelo facto de terem sido eles que nos trouxeram o genial Punch Club ou Mr. Shifty fizeram com que eu me alista-se às hostes de potenciais testers do jogo.
Rapture Rejects da Explosm e Galvanic Games junta toda a acidez, violência e humor negro do mundo de Cyanide & Happiness num jogo em que vários jogadores têm que se eliminar uns aos outros até sobrar apenas um. O que eu suponho seja o que acontece constantemente na mente de que escreve e desenha estes brilhantes comics.
O pré-alfa tinha o propósito de testar os seus servidores, algo crucial neste estilo de jogos, e posso dizer que correu tudo bem para mim enquanto joguei. Apesar de ter tido alguns atrasos ocasionais na entrada em jogo, após começar o combate tudo fluiu sem chatices e da maneira mais divertida possível.
Após criar o nosso personagem muito simples, feito ao estilo das comics, somos colocados sem nada no mundo em que todos nos querem matar, num ambiente isométrico procuramos armas e outros itens para ajudar a nossa sobrevivência. Respeitando as suas origens há bastante álcool para ajudar a recuperar HP, e as armas vão de pistolas de pregos a lançadores de CD cujas munições encontramos em sacos de lixo.
Porque onde mais vamos encontrar CDs?
Ainda não percebi bem a lógica de uma pistola de CDs ou porque havia tantas no pequeno burgo onde se passava a acção mas quando diz respeito ao fim do mundo ou a Cyanide & Happiness, o melhor é não fazer certas perguntas e deixar as coisas correr.
Correr atrás dos nossos adversários para os eliminar nem que seja ao soco e ouvi-los dizer as mais longas listas de asneiras enquanto fogem, para depois fazer o mesmo porque alguém anda atrás de nós, ou porque a nossa “presa” descobriu uma espingarda de berlindes é razão suficiente para umas gargalhadas. Tudo o resto que o jogo nos dá é brinde. É caótico e ridículo da forma mais brilhante que consigo imaginar.
Para já é cedo demais para fazer uma avaliação de Rapture Rejects, nem sequer é o propósito deste artigo, mas é suficientemente cedo para chamar a atenção dos jogadores para o que pode ser o melhor Battle Royale de sempre. Ou talvez seja apenas aquele que me puxa para o eles.
Seja como for, mantenham este no vosso radar, tenho a certeza que vai valer a pena.