Foram necessários 35 anos de galas do Golden Joystick Awards para meio mundo ficar chocado com o premiado jogo do ano de 2018.
Depois de muitos anos alguns desses também com as suas polémica é que toda a gente entra em parafuso! Talvez a significância maior do evento seja hoje maior.
Fiquei surpreendido, mas não muito, e muito menos chocado, este tipo de premiações nunca passou duma fachada onde a democracia acaba por não funcionar como o desejado, se bem que tenho ainda muitas duvidas sobre o seu funcionamento ou método, mas pronto vou supor que está tudo OK nos bastidores.
Estes eventos servem para duas coisas, insuflar egos e encher bolsos. As nomeações acabam por ser meramente decididas por factores de popularidade, influencia política e económica.
Faço o paralelo com o Festival Eurovisão da Canção, porque é tão similar, vejamos os últimos dois anos, em 2017 ganhou o Sobral, conquistando os corações derretidos da audiência com pena e compaixão pelo rapaz. Em 2018 ganhou um híbrido entre baleia e galinha que os cientistas sociais Israelitas devem ter andado a experimentar em laboratórios secretos do Negueve, dava um belo hino para o Rubber Chicken!
Agora fazendo o paralelo, em 2017 o jogo do ano para o Golden Joystick Award ganha o “Pão Selvagem” ou como lhe chamo “Bread of the Wild”, tudo numa ação concertada de meter paninhos quentes a uma consola que não se quer que tenha o mesmo destino da Wii U. E que faça-se de conta que o jogo também não saiu nessa consola, aliás ela nem existe! Wiiu wiiu wiiu…
Mas o melhor veio este ano, com um jogo que nem saiu este ano! Ando a tentar procurar razões para este fenómeno ter ocorrido, mas não encontro razão lógica: Fortnite, esse jogo tão original e colorido que toda a gente joga!
Todos esperavam uma festa de cowboys e índios, e acabaram por receber mesmo uma grande “cóboiada“, não a que queriam ou desejavam, e a Rockstar hoje pela primeira vez deve estar a pensar se o erro que cometeu foi não ter lançado o jogo em todas as plataformas ou se nunca deveria ter metido NPCS a pedir direitos de voto!
Quando numa há razões políticas noutra há razões económicas, já a influência, essa muda sempre de ventos ou pula de ramo em ramo.
É a relevância que lhes querem dar, quem não lhes dá relevância joga mais, melhor e é mais feliz!