Zquirrels Jump é o primeiro jogo assinado pela Nutty Wizards e pelos Artist Entertainment. Os estúdios polacos lançaram este speedrunning racer de inspirações fofinhas em jeito de Happy Tree Friends. A arte é muito cuidada e revela uma proficiência que o resto do jogo não consegue, infelizmente, acompanhar. O princípio é simples: o nosso querido esquilinho cai pelo meio de uns arbustos pejados de inimigos e temos que apanhar umas preciosas avelãs. Avelãs. Embora eles lhes chamem amendoins. O que é uma espécie de aviso para o que aí vem.

A queda é inevitável… as avelãs não

O jogo poderia pegar num conjunto simples de mecânicas e jogar com elas em níveis de crescente dificuldade com um incremento gradual, e, volta e meia, ir salpicando com algo mais, um apontamento extra para ultrapassar um novo desafio puxando pela cabeça e apurando os reflexos. A ideia está lá e é, repito, bonita de ver. O problema é mesmo a execução, que resulta numa frenética jogada que põe os vossos dedos a fazer um contorcionismo digno de Dhalsim com a velocidade de uns pontapés de Chun-Li. Ele é um sem-número de jogadas que exigem o Left Shift, depois o Left Shift com uma tecla, depois o Right Shift, depois o Backspace com o Left Alt, depois o coiso, o catano e o cenas. São controlos a mais, esparramados no ecrã como se alguém tivesse deixado cair um saco de M’nMs e quiséssemos tocar simultaneamente nos doces azuis todos que encontramos no teclado. O resultado é uma espécie de Tetris com LSD. Não digo que não seja divertido. É, certamente, desafiante e com (muito) bom aspecto. Mas eu diria que precisava de uma valente polidela antes de dizer que é um bom jogo.

Parece uma cena retirada do National Geographic: Esquilo cai de pára-quedas, dois polvos preparam-lhe uma armadilha. Chamem o David Attenborough!

Zquirrels Jump é um jogo bonito e apelativo para quem goste de um desafio e uma taxa de cafeína no sangue superior a 5mg/l. Pelos menos de 2€ que pedem por ele, eu diria para saltarem lá para dentro e apanharem as avel… amendoins!