Caçada Semanal #196

Estamos cada vez mais próximos da caçada 200, e hoje apontamos as nossas miras para a dois platormers que não podiam estar mais longe um do outro em vários aspectos.

StickyBots

StickyBots da Potion Games já foi lançado há um par de meses mas só agora tivemos oportunidade de o testar.

Este é o que eu gosto de chamar um shooter de plataformas moderno, aqueles jogos em que temos que descobrir como chegar de A a B enquanto usamos seja qual for a mecânica “inovadora” que os criadores decidiram incorporar e usamos o rato ou dual stick para disparar contra inimigos que nos atacam de várias direcções. No caso de StickyBots, a mecânica inovadora é que o nosso personagem se cola a algumas paredes e tectos dos níveis.

Usar essa capacidade de colagem para avançar é interessante mas também pode ser irritante, tal como algumas colas na nossa pele podemos ter uma reacção alérgica. StickyBots não consegue fazer o que se propõe como deve ser, tenta ser um platformer diferente sem conseguir destacar-se pela diferença que quer marcar. É como aquele miúdo na escola que tenta ser mais fixe no recreio, e mais inteligente nas aulas, e mais rápido a acabar os testes, e melhor em educação física, e depois acaba sempre por ser mediano.

Na melhor das hipóteses…

Dead Dungeon

Dead Dungeon, feito por Alexey Roenko foi lançado na mesma altura que StickyBots mas não podia ser mais diferente. Enquanto o anterior é todo moderno e tenta fazer várias coisas ao mesmo tempo, Dead Dungeon sabe o que é, sabe aquilo em que é bom, e aproveita isso ao máximo.

Dead Dungeon também é um platformer moderno, mas é um que respeita as regras da velha guarda ao máximo e não se prende em coisas que não trazem nenhum benefício para a jogabilidade. Não há tiros, não há jogabilidades novas, há saltos. É só isso. Dentro da máxima de jogos clássicos os níveis são mostrados em ecrã único, vemos imediatamente a porta que temos que atravessar, a chave para a abrir e todos os obstáculos que temos que ultrapassar. Teoricamente fácil, difícil na prática.

Se os Xutos diziam que de Bragança a Lisboa são 9 horas de distância, entre perceber os padrões de obstáculos e conseguir superá-los pode ser um trajecto maior. Alguns níveis, especialmente mais avançados, podem ser muito frustrantes em Dead Dungeon mas superá-los é exponencialmente recompensador.