Bazooka, Elefante, Câmara, Andorinha, e Óculos. Com os vossos poderes combinados aqui está o Capitão Óculos de VR de cartão!

Há coisas no mundo empresarial e consequentemente comercial que me deixam a pensar: “Mas quem é que toma decisões nestas empresas?” ou “Mas alguém pediu isto?”.

Às vezes grandes empresas lançam produtos que nem sequer cabiam no catálogo da D-Mail. Em 1989 a Pepsi lançou a Pepsi A.M., para aquelas pessoas que gostam de beber Pepsi ao pequeno almoço. Em 93 a Apple lançou o Newton, um PDA com que ninguém trabalhava. A revista Cosmopolitan tentou meter-se no mercado de iogurtes em 1999, a eles juntam-se dezenas de outros produtos que ninguém quis, o Segway, a PS Vita, os Google Glasses, o DeLorean, o Windows Vista e agora Nintendo VR no Super Mario Odyssey e Legend of Zelda – Breath of the Wild.

Não tivesse sido anunciado ontem, eu achava que isto era uma partida de dia das mentiras e ao contrário da tablete de leite de condensado da Nestlé, não ficava nada triste quando percebi que era a brincar.

Mas não vamos meter as vacas à frente dos bois nem sofrer por antecipação, no seu update habitual das quintas-feiras a Nintendo publicou este vídeo no seu site:

Vamos lá ver isto, o vídeo em si não diz muita coisa, só diz que vamos poder jogar umas missões especiais de Odyssey em VR e todo o Breath of the Wild. Eu tenho vários problemas aqui, sendo o primeiro que o vídeo é um pouco contraditório como o conceito. VR habitualmente é jogado em perspectiva de primeira pessoa, mas todas as imagens do jogo são na que jogamos normalmente, se é para isso não preciso dos VR goggles, basta jogar com o ecrã muito próximo da cara, como faço habitualmente quando estou a concentrar-me num jogo. A minha segunda questão é sobre a jogabilidade. Já viram os goggles?

“Onde é que está o meu Labo VR”, pergunta o louva-a-deus macho, antes de ter a sua cabeça decepada, ainda com o dispositivo de cartão na cabeça

Pensem em jogar mais que 5 minutos naquela posição, tipo louva-a-deus com enxaquecas que está a esfregar as têmporas. Tudo bem que são jogos que aproveitam as potencialidades da Switch de pegar e largar um jogo mas numa posição confortável, não é daquela maneira. E depois temos a outra parte da jogabilidade, os motion control! Tudo bem que na sua maioria Breath of the Wild pode ser jogado com os botões, mas e quando chegamos aqueles shrine puzzles que usamos os comandos ou a consola para movimentar certas peças? E no Mario? Aqueles saltos e coisas que são feitos só com movimentos? Vou andar aos saltos ou a rodopiar pela sala para atirar o Cappy? Vou mas é partir uma perna ou no mínimo ficar sem um dente.

Isto sem falar nos problemas que VR muitas vezes trazem devido a frame rates. O próximo concurso da Nintendo para ganhar todos os jogos lançados num ano vai ser à base de fotos de quão longe ou espalhado foi o projéctil de vómito? É claro que há um grupo de pessoas que vai louvar isto ao máximo, mas são malta que come tudo o que lhes é metido à frente com um sorriso nos lábios.

Eu sei que estou a ser muito cáustico, tendo em conta que sempre fui dos maiores defensores do Labo pela sua originalidade e engenharia devia dar o benefício da dúvida a esta novidade, mas não consigo. Em vez investirem nestes gimmicks, por mais curiosos que sejam, a Nintendo devia usar os seus recursos para dar aos fãs exactamente o que querem.

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Bongos novos e o Donkey Konga 3!

Donkey Konga 3 terá bongos em cartão, assumiu uma pessoa próxima de uma senhora que vive no prédio da cabeleireira do António Costa e que é prima de um senhor que um dia passou ao lado do prédio da Nintendo.