One Finger Death Punch 2 apresenta-se como um brawler. Como um dos, senão “O”, brawler mais rápido do mercado. Eu sou de outra opinião. Tem uma temática de luta, é comicamente violento, ridiculamente divertido, e bastante rápido, mas não é um brawler. Contudo, já lá chegamos. Vamos colocar o jogo em perspectiva para quem nunca jogou o primeiro (como eu). Qualquer um de nós, algures no tempo, durante uma aula aborrecida fizemos aquelas animações em cadernos com bonequinhos simples, os chamados stickmen, talvez não tão evoluído como a animação que se segue, mas percebem a ideia.
Usando uma fórmula aparentemente ultra-simples, One Finger Death Punch 2 traz toda a genialidade, invenção e originalidade destas lutas para um jogo no qual temos que derrotar centenas de inimigos por níveis com um golpe apenas. Tirando os bosses e outros mais complicados, mas no geral derrotamos os nossos adversários qual Bruce Lee no Enter the Dragon. Os inimigos inundam o ecrã enrede ambos os lados e sem grandes complicações apenas temos que escolher o lado que atacamos quando eles entram no nosso raio de alcance. A partir daí vamos ter umas sequências de combate dignas dos melhores filmes de Hong Kong.
Voltando à introdução, porque não considero este jogo um brawler? Por uma razão muito simples: One Finger Death Punch 2, é um rhythm game. Sim, leram bem, é semelhante a outros tantos como Elite Beat Agents, Donkey Konga, Donkey Konga II, Guitar Hero e Batman: Arkham Asylum que até esta semana faziam o meu top 5 de melhores Rhythm Games de sempre. Contudo Arkham Asylum foi destronado por One Finger Death Punch 2 por ter muita história e coisas a interromper aquele jogo de ritmo fantástico nas lutas contra os vários henchmen que populam o asilo. Este jogo não difere muito disso, mas mantém-se na sua forma mais pura, mais simples e eficaz
One Finger Death Punch 2 é um jogo que escrever ou falar sobre ele acaba por limitar ou minimizar aquilo que ele é, uma obra brilhante aplicada com uma simplicidade extrema, a prova viva que um grande jogo não tem que ter gráficos estonteantes nem um enredo desnecessariamente longo, muito menos DLCs ou opções multiplayer massivos. Um grande jogo, e não se enganem que este É um grande jogo, pode ser só divertido e até um pouco parvo. Mas não é lendo sobre ele que se vai descobrir isso, é jogando. Como todas as coisas que valem mesmo a pena é a experiência física, neste caso digital, que comprovará a qualidade.
Comprem e joguem. Não se vão arrepender. Podem ficar agarrados a isto, mas não se vão arrepender.