Toda a gente gosta de boas discussões e argumentos. Quem não gosta? Ontem depois dum serão a ouvir o último Rubber Talks que teve o deputado António da Costa Silva como convidado, tive uma ideia incrível e vou-vos apresentá-la. Uma ideia maluca e quiçá proveitosa, afinal de contas temos por aí muitas ideias malucas já a passear e a fazer parte do nosso dia-a-dia, quer queiramos quer não!

É senso comum da população que um gamer é um viciado que não faz mais nada na vida!
(Três parágrafos e não disse ainda nada, portanto já estou bem encaminhado para uma carreira política).
Vamos falar um bocado de Economia: dizem que o nosso País é um paraíso fiscal, mas parece que o único paraíso aqui é durante o verão no “ALLgarve“, uma zona onde com alguma “sorte” desaparecem coisas aos turistas. Somos um País cheio de recursos, mas aproveitá-los… ’tá quieto.

Por muitos considerado o lado menos nobre da industria dos videojogos, mas já começa a ser muito explorado pela indústria das apostas!
(Novas Oportunidades? Sim mas só para alguns!)
Tecnologia e inovação? Sim, claro, o 5G está ai e a malta que só tem TV Digital vai ter que voltar a sintonizar as TVs para fazer aquele “favorzinho” às operadoras para termos o nosso smartphone “XPTO” a sacar filmes à mais alta velocidade 5G. Portugal é muito avançado nisso, mas só naquelas tecnologias que servem para ir à carteira mais “rapidinho”! Inventámos coisas úteis como Multibancos e somos a ponta de lança em lançar novos vinhos!

“Mas o Candy Crush não é um videojogo”
‘Tive a pensar muito bem, acho que encontrei uma forma boa de agradar a maior parte dos dois lados da coisa. O Estado e a classe política acham que cultura é só Teatro e música, vá de vez em quando uns espantalhos dumas esculturas todas bimbas para uma autarquia meter num jardim público ou para agradar à malta do Oriente que cá vem investir.

Os Portugueses só querem pagar a TV cabo e ter Internet móvel no jardim
Agora que estamos numa de nem comer vacas nem torturar toiros, seria bom pegar naquele investimento perdido que são as touradas (que ainda há dias vi o anúncio na “nossa” RTP) e aplicar esses fundos para os estúdios Portugueses criarem um mercado sustentável?

Por cá a industria é minúscula mas está a crescer, lá fora é enorme e tem um enorme potencial mesmo para o nosso mercado
Então e a malta que vive disso e o pessoal que gosta duma boa tourada numa final de tarde? Bem vamos com calma e por partes, sabiam que o Cosplay dá dinheiro? Ah pois é, e é uma indústria com grande relevância que está ela também associada aos videojogos (e a outros meios culturais) e abarca muita coisa que por cá se faz, sapatos, tecidos e até maquilhagem!
Ainda assim se o Sr. Toureiro não achar nada piada à ideia sempre pode dedicar-se ao Teatro, sempre é uma arte mais nobre e consegue, com algum engenho, continuar a imaginar que está a espetar um ferro num Toiro.
Mas não se preocupem! Pensei em tudo. A malta da Realidade Virtual pode fazer um grande contributo e tornar a experiência mais realista e envolvente. Só precisa dum microcréditozinho para desenvolver uma geringonça que funcione sem fios, à semelhança de outras que já se fazem lá fora.
Mas não só por aqui ficamos, forcados e restante staff do que compõe a Tourada também podem participar: as filas do Iberanime costumam ser caóticas e já os estou a ver a conterem os cordões de pessoas em sentido!
Gostam de espectáculo e competição? Pá, também se arranja! Sabiam que lá fora há estádios a encher para torneios de jogos competitivos online, como League of Legends, Dota2, CSGO etc? Já ouviram falar do popular Fortnite de certeza, ou têm um filho, primo ou neto que o joga, pois bem, o último torneio o Fortnite World Cup ofereceu um prémio de 30 milhões de dólares.

Os eventos de esports são o desporto do futuro e o futuro é hoje
Mas o que é sequer a nossa Taça de Portugal comparada a isso?! Há pois é! Imaginem as arenas cheias de gente e há sempre gente a pagar alto por bilhete para eventos do género!
A nível local pode ser muito interessante porque é um investimento que vai trazer frutos a médio e longo prazo, ao contrário das touradas que já não conseguem cativar público como noutros tempos, em especial jovens. Afinal de contas em vez de darem por exemplo “150 mil euros para 3 touradas”, esse dinheiro vai render muito mais para uma localidade só com 3000 habitantes ou à produção de um bom videojogo português.
O reconhecimento das artes é uma coisa fluída que vai evoluindo até há pouco tempo só se falava até à 7º Arte, hoje já se reconhecem até à 11ª Arte e os Videojogos são orgulhosamente a 10ª Arte!
Resumindo e rematando ali na lista não vejo as touradas na lista de artes! Portanto meu queridos representantes da Assembleia, estamos aqui sempre disponíveis para ajudar e dar boas ideias.
Não custa nada. Obrigado!