Um dos finalistas nacionais do Indie X foi Bruna Gonçalves com o seu jogo Blodoffer. Podem ler aqui uma pequena entrevista que lhe foi feita acerca do evento, do seu jogo e dos seus planos para o futuro.
Quais eram as vossas expectativas quando se candidataram para o Indie X? E o que acharam quando foram chamados como um dos finalistas?
Até tínhamos expectativas positivas em termos de sermos finalistas, pois, já tínhamos noção dos projetos de edições anteriores e sabíamos que o nosso projeto poderia ter qualidade para esta edição. Ficamos felizes de ter uma chance de fazer show case do nosso trabalho e obter feedback necessário e conseguirmos fazer networking no evento.
O que acharam do evento? Conseguiram retirar o que queriam do Indie X para o vosso trabalho?
Gostamos do evento e do ambiente existente entre devs e também ficamos com uma impressão positiva relativamente ao espaço tendo em conta que foi dentro de um novo evento. Conseguimos obter feedback importante que nos vai ajudar a melhorar o jogo.
Acham que o Indie X foi relevante para vocês? Em que aspectos?
Sim foi relevante devido a termos conseguido fazer networking, obter feedback importante dos devs e dos visitantes e dar-nos a conhecer as pessoas da indústria.
Blodoffer é nitidamente inspirado na cultura Viking, porquê seguir este caminho?
Escolhemos a cultura viking como tema para o nosso jogo pois, tendo como base um jogo RTS, querermos introduzir uma mecânica de devoção e escolhas no jogo, teríamos que ter personagens com atributos específicos de maneira funcionar e optámos pelos deuses nórdicos. E como o jogo é baseado no combate também, e, visto a cultura viking ser mais agressiva, achamos que se encaixava bem no estilo de jogo RTS.
Nota-se que foi um projecto ambicioso, alguma vez pensaram que tinha sido demais para vocês ou foi isso que vos motivou a fazer o que fizeram?
Tendo como contexto que o nosso jogo é um projeto final de curso, queríamos ver se conseguíamos desenvolver um RTS, um projeto ambicioso e complicado, algo que nunca foi feito no curso, com as nossas habilidades atuais. Por ser ambicioso, foi o que nos motivou a fazer, mas também foi um projeto que nos fez encarar a realidade de um scope demasiado grande para o tempo que tínhamos, fazendo com que conseguíssemos aprender a nos adaptarmos e a reduzir um scope de forma ideal.
Blodoffer é um projecto para continuar ou vai acabar por aqui?
De momento estamos a trabalhar num rework do jogo, baseando no feedback que obtivemos durante o Indie X. Irá incluir um mapa novo e um novo modo de jogo.
Quando pensam em devs e produtos portugueses, de uma perspectiva de alguém que está a entrar na indústria, qual é a imagem que é criada? É muito diferente da realidade?
Já tínhamos uma ideia de como é a industria de jogos cá em Portugal, apesar disso é bom ver que há muitos e bons projetos portugueses presentes nestes eventos.
Olhando para o futuro como estudante de videojogos, quais são os maiores medos?
Desemprego e que a indústria em si cá não consiga crescer muito nos próximos anos. Mas nós acreditamos que venha a crescer com a quantidade de gente que agora se está a formar na área.
Para terminar, que planos há para a Black Lotus Productions no futuro? Algo que possa ser revelado?
A Black Lotus Productions juntou-se aos Eskimó Studios pois decidimos juntar a equipa do Blodoffer com a equipa do Ranch Tycoon, tendo em conta com o programador de ambos os projetos é a mesma pessoa. Portanto, para a Black Lotus Productions não há planos mas para os projetos debaixo do nome Eskimó Studios há planos. Por agora vamos nos focar a desenvolver um novo mapa para o Blodoffer. Ficam aqui as redes sociais: https://www.facebook.com/BlodofferRTS/ e https://twitter.com/BlodofferRTS