Final do ano é uma época de festa, má disposição e azia por ter comido a mais, retrospectiva e na cabeça de algumas pessoas um reset mágico que vai apagar toda a porcaria dos últimos trezentos e sessenta e tal dias com um começo cheio de unicórnios, flores, arco-íris e chocolates no dia 1 de Janeiro. Mas mais importante que tudo isso, é quando são dados os Machados do Ano evento máximo de prestígio na indústria de videojogos em Portugal, Europa e Mundo. Ora, infelizmente, devido a uma lesão no esternocleidomastoideu e ao contrário do que foi prometido no ano passado que esta entrega não será feita através de dança interpretativa de ficção científica.

Este ano a entrega vai ser à antiga, como deve ser. Mais ou menos… 

Contamos com 5 categorias que cobrem todos os jogos que joguei este ano e os nomeados  e qual é o vencedor. Como sempre, não esperem ver alguns jogos exclusivos de certas plataformas *coff coff PS4 coff coff*  ou AAA que por melhor que tenham sido considerados pela crítica no geral eu não toquei portanto não vou avaliar. Death Stranding, Sekiro, Resident Evil 2, Outer Worlds ou Fallen Order entre outros ficam a preencher as listas de nomeados de outros Video Game Awards de outras publicações. 

E agora, sem mais demoras vamos à entrega dos Machados do Ano 2019!

Switch Axe

Começando pelo passado. Não pelo retro e sim por jogos que tinha intocados no meu backlog até este ano de 2019 mas graças à quantidade de ports que são colocados na Nintendo Switch finalmente consegui fazer. Há três nomeados para o Switch Axe (vejam como foi colocada a referência a um videojogo aqui… classe!) que são:

Decidir qual destes ganha o prémio de Switch Axe não foi fácil porque são tão distintos em estilos e géneros. De acção à mecânica ou da arte ao enredo não esquecendo do seu tamanho, não podiam ser mais diferentes mas no final das contas teve que ser dado ao jogo que mais me divertiu/distraiu durante horas e vai continuar a fazê-lo para a frente porque provavelmente vou fazer uma segunda volta no jogo.

O Switch Axe 2019 é:

Pillars of Eternity!

Machado Estratégico

Como já foi referido várias vezes ao longo dos anos que escrevo no Rubber Chicken, um dos meus géneros de jogos favorito é o de estratégia, mais por turnos do que RTS e devido a isso o Machado Estratégico é um dos mais constantes nestes prémios. Os nomeados deste ano para este prémio são:

Mais uma vez, são jogos diferentes que mostram como o mercado indie trabalha a variedade além da qualidade em vez de reciclar constantemente a mesma fórmula com “gráficos melhorados”. Todos eles são óptimos e altamente recomendáveis, mas um fica ligeiramente atrás dos outros dois que se bateram até ao foto finish na meta. 

O vencedor do Machado Estratégico, por um fio de navalha é:

Thea 2: The Shattering

Machado Narrativo

Jogos contam histórias, às vezes com texto, outras com voice acting, outras com acção, mas acima de tudo através de uma narrativa coesa que nos mostra um enredo, um caminho que um personagem faz até ao seu destino, crescendo, evoluindo e superando desafios. Para Machado Narrativo há três nomeados que são:

Quem conta uma história como deve ser não precisa de grandes efeitos especiais, de grandes floreados mas através de uma sequência de acontecimentos coesa e genuína consegue prender-nos e fazer-nos querer avançar cada vez mais para descobrir mais um pouco, obriga-nos a virar a página mesmo quando outras obrigações se metem no caminho. 

E o Vencedor do Machado Narrativo 2019 é:

The Executioner

Machado Portátil

Desde o Game Boy, e antes disso os Game and Watch que andamos com jogos no bolso, agora com smartphones e consolas portáteis cada vez mais poderosas há jogos cada vez melhores a dar um ar de sua graça nos nossos aparelhos. Os nomeados para Machado Portátil são:

Escolha complicada aqui porque dois deles jogo há alguns meses todos os dias, e o outro uma experiência mais curta, ou melhor, finita em comparação mas uma obra muito bem construída. A luta entre a nostalgia, a simplicidade e a experiência diferente foi bastante renhida, mas mesmo assim, teve que ser feita, por isso, o Machado Portátil de 2019 é:

Saint Seiya Awakening. (Sim é um gatcha game)

Este ano não há Machado Desportivo, havia apenas um candidato Active Soccer 2019 e não é digno ganhar um prémio sem concorrência de valor mas mesmo assim merece uma menção honrosa.

Machados Internos

Antes do prémio principal sinto uma vontade de dar uns prémios caseiros, não ao estilo da SIC nos Globos de Ouro que dá prémios de melhor apresentadora à sua apresentadora que está a apresentar os Globos de Ouro além de todos os outros que são os programas/apresentadores/actores deles que ganham mas queria dar cinco Machados aos membros que mais vim admirar no último ano. Tenho muito respeito por todas as pessoas que fizeram e fazem parte do galinheiro, contudo este ano queria destacar e agradecer a estes em especial e sem ordem específica:

Nuno Marques, André Marrucate, João Correia, Rui Parreira, Miguel Cruz.

Todos eles por serem membros importantes que vieram trazer novas perspectivas e energias, por isso o meu muito obrigado.

Machado do Ano

E finalmente o Machado do Ano, o meu jogo favorito de todos os que joguei durante 2019 e que podia apenas deixar a lista dos três nomeados sabendo que com qualquer um deles ficariam bem satisfeitos escolhendo apenas o que vos dava mais gosto em termos de estilo preferencial, Space Shooter, Rhythm Fighter ou Time/Turn Based Action, os nomeados são:

Passei bastante tempo a jogar estes 3, nenhum deles foi levado ao fim em pleno e todos continuam a dar-me bastante prazer quando me apetece passar algum tempo neles, seja a calcular os meus movimentos letais minuciosamente com o máximo de eficácia, a vaguear as estrelas carregando materiais e destruindo naves ou a ver os meus polegares coordenados com o ritmo mais alucinante de luta dos meus últimos anos. Cada um com seu propósito mas um acima de tudo uma surpresa em qualidade e simplicidade. Sem tirar mérito aos outros dois nomeados, o vencedor de Machado do Ano é:

John Wick Hex

E termino com uma retrospectiva do ano em que apesar de ter dados estes prémios também digo que foi um ano mediano, nada me deu uma sensação de espanto, nenhum jogo me fez querer comprar no dia ou pensar que valia a pena comprar a consola X ou Y para o jogar. Foi um ano que consolidou o investimento em subscrições em particular o XBox Game Pass na minha opinião pelo seu catalogo fantástico de consola e PC.

A todos os que me e nos acompanharam em mais um ano de Rubber Chicken, os meus maiores agradecimentos e desejos de boas entradas no ano novo.