Vampire: The Masquerade – Coteries of New York é um visual novel que tem lugar no universo de World of Darkness.

Aqui, e à semelhança de Vampire: The Masquerade – Bloodlines, temos a oportunidade de abraçar uma nova vida como uma criatura da noite. Apenas com a diferença de que temos menos clãs à escolha (Brujah, Ventrue e Toreador no momento de redacção deste artigo).

O setting é-nos apresentado e damos por nós a despertar para esta nova realidade contra a nossa vontade. O que se segue é uma aprendizagem sobre como tudo funciona: quem é responsável pela cidade, quais as facções (e clãs) predominantes, quem é que impõe autoridade, quem é que deve ser respeitado e/ou mantido debaixo de olho, e toda uma outra série de elementos característicos daquilo que o mundo de Vampire teve a amabilidade de nos ensinar com o passar dos anos.

No decorrer das nossas conversações com as figuras de maior e menor destaque em Nova York, vamo-nos deparando com decisões que prometem ter implicações no nosso progresso de jogo, bem como como oportunidades de usar Disciplinas (habilidades sobrenaturais características de cada clã, embora neste jogo não seja tão restrito quanto isso).

Nada como procurar alianças de conveniência.

Durante todo este emaranhado de intriga política, vamos sendo acompanhados por uma banda sonora imersiva, que, em conjunto com as imagens de fundo dos vários cenários que vamos explorando e com a caracterização das várias personagens com que vamos interagindo; faz um excelente trabalho em colocar-nos na pele da personagem que escolhemos e com quem nos aventuramos por este estranho mundo.

Durante as nossas noites, temos a liberdade de realizar uma série de missões, tanto a nível pessoal como a cargo de outrem. Contudo, não nos é possível concluí-las a todas, sendo necessária alguma ponderação nas nossas prioridades e no que podemos ganhar com o investimento dos nossos esforços.

Tanto para fazer e tão pouco tempo…

Isto resume o lado bom da experiência de jogo, uma apresentação do universo característico de Vampire: The Masquerade que tanto serve para atrair curiosos como para satisfazer as necessidades de veteranos. Para não falar que se faz usar da metaplot da mais recente edição do tabletop RPG. Mas, infelizmente, tudo isto leva a uma narrativa linear com apenas algumas oscilações pelo caminho dependendo de algumas das várias decisões que tomámos e sem tanta relevância para um final que muitos podem encarar como anticlimático e que todos podem concordar como sendo um tease para uma sequela ou até mesmo DLC.

Alguém disse que as noites são escuras e cheias de horrores. Perante esta verdade, podemos ao menos apreciar durante uma série de horas o melhor que eles têm para oferecer.