Criar um mundo não é fácil, principalmente quanto maior é a escala e a atenção ao detalhe (inserir piadas sobre religião aqui). Temos as regiões e o quão diferentes elas têm que ser para que os jogadores não terem a serem a sensação de explorar o mesmo cenário, o seu preenchimento com NPCs variados, e até mesmo a inclusão de calendários e estações do ano para dar um pouco mais de realismo.

É mais que correcto afirmar que se estivermos a preparar uma única sessão, grande parte desta atenção pode ser descartada, focando-nos essencialmente nos devidos objectivos do que temos em mãos.

Num artigo anterior já apresentei o meu método de planeamento e de organização. Apesar de ainda o usar, começou a tornar-se difícil gerir a informação de uma longa campanha que conta com dezenas de páginas. Para resolver este problema, nada como uma plataforma que permite listar e organizar os elementos mais estáticos do mundo, como História, geografia, estrutura política e social de diferentes regiões, etc.

Através do uso de separadores e de sub-secções, o OneNote permite fazer uma gestão mais organizada de toda a informação que necessitamos e vamos, evidentemente, acrescentar. Pessoalmente, tratei de converter todos os meus apontamentos em Google Docs para o OneNote, dividindo-os pelas categorias que me pareceram mais pertinentes.

O Google Docs continua a servir o seu propósito. Aqui trato de fazer a preparação de sessão para sessão, bem como acrescentar o seu real desfecho. Desta feita, o Google Docs trata de gerir a parte mais dinâmica de todo o processo, enquanto o OneNote organiza o oposto, sendo actualizado quando algo realmente significativo acontece, como a progressão ou conclusão de um objectivo, ou uma qualquer alteração geográfica.

Até mostrava o resto, mas não quero arruinar o factor surpresa aos meus jogadores.

 

Através da junção destas ferramentas, consigo um maior controlo sobre as minhas próprias criações e não tenho que andar perdido à procura do que quer que seja.

Há que fazer a ressalva que pode não ser algo que funcione para toda a gente. Há quem prefira ter tudo organizado em capas arquivadoras, usar blocos de notas categorizados com capítulos marcados com cores diferentes, e toda uma outra série de recursos físicos e digitais.

Ao fim do dia, e uma vez que o Mestre de Jogo não descansa, o que interessa é conseguir alguma forma de estrutura que não nos caia em cima quando menos esperamos.