Caçada Semanal #221
Primeiro vamos esclarecer que esta caçada não é sobre Mortal Kombat, nem sequer sobre fighters. Mas todos os jogos que vão aqui ser mencionados terão alguma forma de combate. Em segundo, não tenho mais nada a dizer. Terceiro, vamos lá ver os jogos.
SpellPunk VR [PC]
Estão a ver o Geralt no Witcher quando faz um Aard ou um Igni? Doctor Strange? Ou no mundo do Harry Potter em que alguns feitiços requerem certos movimentos para terem efeito? É mais ou menos o mesmo que acontece em SpellPunk VR. Ou devia acontecer.
SpellPunk VR também é um arena shooter mas em vez de armas de fogo e outras, temos feitiços, em Realidade Virtual. Que em teoria é muito bom, num sentido real deixa um bocado a desejar. Além do problema já mencionado de falta de jogadores, corrigido por combates contra bots, o maior trunfo deste jogo é a sua pior carta.
O equipamento VR da actualidade ainda não é perfeito, e quando pensamos que tem que existir uma certa precisão para conseguir efectuar bem os feitiços que pode ser complicado conseguir. Se isso é falha do jogador ou do equipamento é difícil dizer para já enquanto o jogo não está mais avançado.
Como conceito SpellPunk VR está acima da média, como jogo tem potencial para chegar longe, mas para já ainda é só uma boa ideia que não deu todos os frutos.
https://www.youtube.com/watch?v=HzPJTwPdaB8
Lunch a Palooza [PC, Switch, PS4, Xbox One]
Já que falamos em frutos, avançamos com Lunch a Palooza. Algo que apenas pode ser explicado como um devaneio de alguém que está com fome e sob o efeito de ácidos.
Um jogo acessível ao mais casual dos jogadores em que escolhemos um alimento e temos que retirar todos os outros da mesa. É mais party game que fighter, daí a sua acessibilidade tal como o seu aspecto infantilizado com alimentos dotados de olhos e bocas.
Nota-se bem o esforço que a Seashell Studio fez para tentar criar um bom jogo, mas é algo que não vai agradar a toda a gente. É um party game com multiplayer online e local, e por mais que se mude a mesa e criem alguns desafios acaba por ser sempre a mesma coisa. É um jogo que depende mais de com quem se joga do que do que ele é capaz. Algo que também é comum a todos neste artigo. Sem adversários à altura não dão muita luta.
Tidal Shock [PC]
Quem é pai nos últimos anos sabe bem o que é a pandemia de Baby Shark, no qual há várias versões de pessoas vestidas de tubarão ou criaturas subaquaticas para cantar aquela coisa irritante. Tenho a leve impressão que alguém na Moonray Studios é pai, ou então é só fã de pesca submarina.
Tidal Shock é um arena shooter. Um multiplayer mais original que a maioria da grande massa no mercado por se passar debaixo de água. É algo que à primeira vista não faz muita diferença mas quando mergulhamos no jogo.
Há muita mobilidade porque não estamos limitados ao chão, o ambiente tem um misto de calma e perigo e as armas que podemos utilizar são bem desenhadas, em especial o torpedo que tem mais que uma utilidade.
O problema de Tidal Shock é o mesmo de tantos outros jogos multiplayer, inclusive nos dois seguintes. Não tem massa crítica, não há jogadores para ser relevante, mas quando há pode valer a pena o investimento.