É inegável que Fortnite é um fenómeno de popularidade e que praticamente qualquer pessoa com acesso a tecnologia no mínimo sabe que é algo que existe. Até eu já joguei. Não gostei, mas joguei. Portanto não é difícil entender que vários estúdios tentem replicar a fórmula e possivelmente roubar o lugar ao jogo da Epic. Spellbreak é mais um deles, só que em vez de armas, usa magia. Mais ou menos.

Quando o jogo bateu na cada vez mais confusa eShop da Nintendo Switch, aproveitei para instalar e testar esta coisa. Não sabia nada sobre ele sem ser uma vaga lembrança de um trailer numa E3 ou Gamescom ou seja o que for num passado que pode ter sido há 1 ou 5 anos mas isso é irrelevante agora. Spellbreak é, bem… exactamente o que se espera que seja. Uma espécie de clone de Fortnite mas no mundo de Avatar The Last Airbender. Ou Harry Potter. Ou como eles dizem que são feitiços com base elemental, uma combinação de todos os três. 

Potter, the Last Fortnite-er, o jogo.

É fácil explicar como funciona Spellbreak. Criamos o nosso personagem e somos lançados numa arena em constante redução para lutar com outros feiticeiros, as nossas armas são dois elementos, talvez o melhor do jogo. Não é nada inovador mas está giro. Podemos apanhar equipamentos melhores, poções e coisas que nos ajudem sejam elas defensivas ou ofensivas. No sentido bélico, não no sentido de insultar pessoas. É um battle royale. Não há mais nada a dizer.

A sua redenção, apesar de pequena, é a utilização dos elementos e da sua combinação no que me lembra a utilização das armas de Starlink. Separados são fortes, mas quando combinamos alguns, multiplicamos consideravelmente alcances e capacidade de dano. Encontrar as nossas combinações preferidas demora um pouco porque também está ligado com a nossa evolução e estilo de jogo, mas depois de o ter feito, é só um battle royale em que disparamos fogo, gelo e veneno em vez de balas.

O visual cel shading é bonito e está bem feito mas já se tornou genérico. A acção é rápida mas não é difícil ver quem são os bots e derrotá-los. É engraçado e acima de tudo é grátis, portanto se estão com algum espaço livre na memória da vossa Switch, testem. Até podem gostar.

E já agora, eu acho que já mencionei isto noutro artigo sobre outro Battle Royale qualquer, mas qual é a lógica de ser o último a sobreviver num tempestade tóxica ou seja o que for que obriga toda a gente a ficar juntinhos no final até só sobrar um? Alguém vai buscar-nos no fim? É tipo o Alone e vai lá a equipa de produção com um familiar e há choro e abraços?

Um jogo de survival baseado no Alone… Isso é que era…