Dia 31 de maio de 3307
Mais um dia de exploração do limite da galáxia, os saltos pelo hiperespaço estão cada vez mais difíceis já que as estrelas se vão espaçando mais e mais à medida que nos afastamos de Sagittarius A e a minha nave, apesar de bem equipada já não consegue fazer essas distâncias tão grandes sem planear cuidadosamente cada salto
Resumindo a expedição até agora, foram 100 horas de viagem com todo o tipo de experiências, ajudei estações espaciais a crescer ao fornecer mercadorias necessárias fazendo de cargueiro espacial, combati piratas em sistemas abandonados, dediquei-me à exploração mineira de asteroides para pagar melhorias necessárias à minha nave e até transportei passageiros entre colónias como se fosse um autocarro interestelar.
Até agora foi uma viagem plena e estou tão entusiasmado por ver a próxima estrela como todas as anteriores, a satisfação e tranquilidade de estar sozinho no vazio do espaço faz me querer passar ainda mais tempo a olhar para o escuro repleto de estrelas diferentes e nebulosas tão diversas tanto em forma como em cor. Contudo, também respeito o vazio e a frieza que me faz sentir quando sei que não há nada em meu redor por uns quantos anos-luz (já soube de histórias de comandantes que encontraram naves alienígenas e a experiência pareceu-me aterradora).

Cada segundo no espaço é deslumbrante!
Fui evoluindo também no que toca às naves que fui utilizando para chegar onde cheguei. Comecei com a típica nave que todos compram assim que têm a carta de piloto completa para utilizar naves unicamente dedicadas a carga de materiais, algumas tão ágeis como uma baleia em terra, a ter um caça pequeno mas que consegue fintar todos os ataques de qualquer nave, a por fim ter uma fortaleza voadora chamada Anaconda que além de me permitir viajar mais longe que qualquer outra nave, tem o poder de fogo para incutir respeito naqueles que sequer pensam em tentar atacar-me. Todas essas naves deram-me experiências diferentes mas que fizeram de mim o piloto que sou hoje, capaz de navegar pelo meio de um anel de asteroides com a maior nave, combater frotas inteiras e até traçar rotas que otimizem o combustível disponível e me permitam fazer o mínimo de paragens para abastecer possível.
Evento importante a reportar, a comunicação recebida hoje após uma chegada a um sistema que nunca tinha visitado, foi lançada uma tecnologia nova chamada Odyssey.
Isto vem mudar a maneira como nós comandantes vemos a exploração espacial, já não temos de ficar confinados à nossa nave para estarmos seguros, agora já podemos sair e explorar os planetas a pé!
Já a consegui experimentar extensivamente e só posso dizer que toda a escala do universo muda radicalmente, uma coisa é abrir o mapa da galáxia e ver que realmente somos um átomo nesta galáxia gigantesca. Outra é sair da minha nave, olhar para ela e ver que é quase do tamanho de um estádio de futebol e pensar que afinal nem tão grandes quanto um átomo somos.
Colocando essa chamada à realidade de parte, pôr as mão na massa é a grande vantagem desta nova tecnologia, já vi na estação espacial imensa gente a procurar aventureiros para todo o tipo de trabalhos (inclusivamente aqueles que a Federação não considera legais, mas para aqueles cuja consciência não pesa acabam por ser melhor pagos).
Já dediquei parte do meu dia a explorar um planeta na orla de um sistema que tinha umas espécies de flora alienígena que me vão render bons créditos quando voltar à “bolha civilizada” da nossa galáxia.

A escala deste universo é esmagadora
Também já tive oportunidade de me dirigir a uma loja para adquirir o novo equipamento para as diversas tarefas que posso desempenhar fora da nave, com uma nota especial para as armas que estão muito bem desenhadas e adaptadas para o combate caso seja necessário defender-me.
Mas como qualquer nova tecnologia, esta também não vem livre dos seus problemas. As ferramentas de comunicação com outros jogadores não parecem estar a funcionar bem e um outro comandante com quem costumo fazer estas expedições para o desconhecido tem tido falhas no seu transporte para a minha nave ou até por vezes aparece invisível aos meus sensores. Creio que os engenheiros da Frontier por trás deste desenvolvimento vão corrigir brevemente estes problemas mas no entanto continua a ser um incómodo para aqueles que querem partilhar as suas aventuras com outros comandantes.
Amanhã vou mudar a rota e regressar ao nosso Sol para visitar o planeta terra e pelo caminho explorar o máximo que consiga agora com a possibilidade de ver tudo sem ser pelo vidro do cockpit da minha nave.
Até chegar, o brilho das estrelas e a escuridão do universo vão continuar a manter-me acompanhado ao som de Space Oddity e Rocket Man.
Over and Out.