Semanas depois de falarmos do lançamento de Wonder Boy: Asha in the Monster World para Switch e PS4, eis que temos a oportunidade de poder jogar este remake de um clássico para PC. A nossa opinião, porém, mantém-se inalterada e até o revisitamos como teste à nossa desilusão inicial. Nem à segunda passagem este jogo se tornou mais interessante, e continua a não cumprir o extremo potencial que tinha.

Com todos os ingredientes de um jogo de acção e plataforma da geração de 16 bits, Wonder Boy: Asha in Monster World traz-nos todos os clichés mecânicos. Neste caso uma protagonista que, aliada à capacidade de saltar e atacar, tem a capacidade de carregar um ataque mais forte (que eu nunca uso) e um escudo mágico para defesa.

Para além da capacidade de atacar na altura média e em baixo, as limitadas opções mecânicas de Asha são aumentadas quando recebemos o pequeno e simpático monstro Pepelogoo, que nos vai permitir, por exemplo, fazer double jumps.

Com todos os ingredientes de um jogo de acção e plataforma da geração de 16 bits, Wonder Boy: Asha in Monster World traz-nos todos os clichés mecânicos. Neste caso uma protagonista que, aliada à capacidade de saltar e atacar, tem a capacidade de carregar um ataque mais forte (que eu nunca uso) e um escudo mágico para defesa.

Para além da capacidade de atacar na altura média e em baixo, as limitadas opções mecânicas de Asha são aumentadas quando recebemos o pequeno e simpático monstro Pepelogoo, que nos vai permitir, por exemplo, fazer double jumps.

Visualmente este Wonder Boy: Asha in Monster World é uma verdadeira pérola da reinterpretação. A forma como a equipa do estúdio Monkey Craft adaptou visualmente o jogo de 16 bits para esta maravilha colorida e dinâmica em cel-shading é um ponto de conquista.

Infelizmente, os elogios ficam por aqui. Na sua necessidade de fidelização ao material original, Wonder Boy: Asha in Monster World é excessivamente um jogo de 16 bits, e sofre de muitos dos problemas extemporâneos que foram quase expurgados dos jogos similares contemporâneos. 

O primeiro problema de todos é o quão monótonos e desinspirados são os níveis/masmorras. Apesar de terem um tema subjacente (como é apanágio), a repetição de level design e o loop terrível de encontrar inimigo, derrotar, saltar plataforma, escapar a obstáculo, subir ou descer e piso, repetido à exaustão, tornam-no um produto datado.

As animações, apesar de boas, não escondem a própria insipiência mecânica do arsenal à nossa disposição. O que por sua vez se vai traduzir numa tremenda falta de desafio, onde a missão de terminar este curto jogo é apenas uma questão de tempo empregue, e não de verdadeiro sentimento de completude.

Há um sentimento agridoce ao jogar este Wonder Boy: Asha in Monster World. O que o estúdio Lizardcube fez em 2017 com o remake de Wonder Boy III: The Dragon’s Trap serviu de exemplo do que é possível fazer para não só recriar esta série emblemática de forma memorável como capacitá-la de uma aura contemporânea. Comparando com esse título, este é apenas uma embalagem bonita para uma desilusão pegada.