Eddie Van Halen of Van Halen performing in Jacksonville, Florida on January 18, 1984. (Photo by Ebet Roberts/Redferns)

Caçada Semanal #281

Numa época em que os multiplayers dominam as nossas atenções e o nosso orçamento de tempo disponível para dedicar aos videojogos, é sempre bom regressar a experiências que são exclusivas ou quase exclusivas single player. Os dois indies desta semana mostram-nos duas abordagens distintas para jogar sozinho.

SkyDrift Infinity [PC, Switch, PS4, Xbox One]

Há dez anos, de forma subtil, saía um pequeno jogo digital nas lojas da Xbox 360 e da PS3 chamado Skydrift, dedicado a corridas de aeroplanos. Dez anos depois dessa subtil efeméride, a THQ Nordic decidiu revitalizar este quase desconhecido IP com uma versão remasterizada para os dias hoje: Skydrift Infinity

Com todo o conteúdo original e dos seus DLCs incluídos de base, esta nova versão remasterizada tem ainda espaço para incluir novas aeronaves inspiradas em IPs da THQ Nordic, como bimotores dedicados a Darksiders e Sine Mora EX.

A campanha é composta por 7 níveis distintos e desafiantes, mas são os seus múltiplos modos a verdadeira joia da coroa. No meu caso, o meu favorito é mesmo Power Race, uma espécie de Mario Kart com avionetas que dispõe de power ups de ataque e de defesa numa  mistura entre combate e corrida. Com um power up que quase mimetiza a infame carapaça azul destruidora de azuis.

Com uma abordagem arcade nos controlos, onde as colisões e a destruição dos nossos aviões provocam um respawn quase instantâneo, temos ainda o modo Speed Race – de corrida pura – e os modos de Deathmatch e Team Deathmatch, com o velhinho split screen (a divisão de ecrã, não o Rui Parreira, entenda-se) a marcarem a sua presença.

Por uns parcos 9,99€ este Skydrift Infinity é um jogo de pura diversão arcade, onde o domínio do controlo das naves vão marcar o desafio de cada corrida.

God of Riffs [PC]

Já o Eric Adams dizia, e traduzindo: Heavy Metal ou nenhum metal. É com esse espírito que God of Riffs, lançado em Early Access pelo estúdio Boss Music Games nos faz mergulhar nos nossos óculos de VR: abracemos o metal como um estilo de vida, no mundo real ou em realidade virtual.

A inspiração óbvia deste jogo ainda alpha – diria até que a build presente no Steam está mais para demo do que versão alpha, mas isto poderão ser mais que questões semânticas – está em Beat Saber. Mas em God of Riffs somos um guerreiro que empunha duas guitarras/machados (um trocadilho com o jargão axe, utilizado desde os 1950s para indicar a guitarra eléctrica), uma azul na mão esquerda e uma vermelha na mão direita.

À nossa frente vão-se perfilando inimigos que temos de derrotar ao ritmo da música. O problema desta versão demo alpha é que existem apenas dois inimigos: uns pequenos esqueletos e uma caveira voadora, que pouca diversidade demonstram nas parcas quatro músicas (e mundos) disponíveis nesta versão em Early Access.

Apesar de custar apenas 3,99€, diria que é preferível esperar que o jogo tenha mais desenvolvimentos do que mergulhar numa experiência paga que poucos argumentos tem para merecer o nosso investimento.