Bem-vindos à nova rubrica Invision, que se insere dentro do conceito cross-mídia que estamos a criar para a Split-Chicken Network, à semelhança do recém-lançado O Albergue dos Silêncios, da autoria de Filipe Urriça. Isso significa que, neste caso, vão poder assistir ao programa no canal ou ler no Rubber Chicken o respetivo texto.

E do que se trata o Invision? Na realidade trata-se de uma antevisão de novidades que estão para chegar, sobretudo a nível dos videojogos. Porque se assistirem ou lerem até ao fim vão encontrar uma novidade inédita, falar da minha mais recente paixão, que são os LEGOs. Recebo semanalmente muitas notícias sobre novos sets bem curiosos que estão para ser lançados e tenho notado um reforço enorme da LEGO em criar novidades para adultos, que nos deixam a salivar. As carteiras é que desaparecem no momento… 

Mas então do que se trata o Invision, mais concretamente? Quero dar destaque tanto a jogos AAA que estejam para ser lançados, como os AA e até títulos indie. Jogos que muitas vezes têm potencial e podem passar despercebidos no meio de tantos lançamentos. O objetivo é tentar trazer os produtores sempre que possível, explorar um pouco das features dos jogos através de diários de desenvolvimento. Podem ser notícias de novos anúncios ou gameplay de futuros lançamentos. Por isso o nome Invision, algo que diga respeito ao futuro, de projetos ainda por lançar. 

Quero criar uma rubrica diferente, que ainda estou a tentar perceber se vai ser semanal ou quinzenal. E acreditem que este piloto é uma versão bem downgrade daquilo que tenho projetado e documentado para o projeto. Mas decidi que mais vale começar com uma visão mais sóbria, recolher feedback e expandir, do que não ter “pedalada” para manter a rubrica. 

Este é mais um plano que tenho traçado de até ao fim do ano ter, pelo menos quatro rubricas fixas, adicionando ainda as habituais reviews e antevisões e glogs que quero retomar em breve. Um plano que prevê um novo fôlego ao canal, tentar revitalizar os conteúdos com algo fresco e com os videojogos como âncora. Alguém já me tinha dito que eu devia recuperar o conceito do Templo dos Jogos. Sei que isso é impossível, mas quero sobretudo passar-vos alguma informação deste hobbie que tanto adoramos. 

Esta semana vamos falar de uma sequela de um jogo com mais de 30 anos, que os fãs da velha guarda, como eu, estão a aguardar com grande ansiedade! Um título que vai ser lançado já em agosto que diz beber inspiração na ação de God of War, mas num ambiente de Dune; e um jogo que se calhar nunca ouviste falar cheio de ritmo. Uma pista: É da Konami e não é Pachinko! Por fim, descobre a maluquice do novo set da Lego, da linha Technic! 

Sem mais demoras, vamos às novidades deste episódio! Mas não se esqueçam, o vosso feedback é ouro, as sugestões do que gostariam de ver, o que deveria ser melhorado. Falem comigo! Não se esqueçam de subscrever e ligar o sino para receberem as notificações de novos conteúdos. 

Flashback 2

Microids, Outubro 2023

No final dos anos 1980 e durante a década de 1990, a francesa Delphine Software foi um dos estúdios mais reputados nas diversas plataformas da época, nomeadamente o Commodore Amiga. A maior parte dos seus títulos tinham bastante qualidade, fossem as aventuras point and click Future Wars ou Cruise for a Corpse, a série de motas Moto Racer, mas sem dúvida que os melhores eram as aventuras de ação e plataformas Another World, com um tom cinematográfico impressionante e claro, Flashback. 

O jogo criado por Paul Cuisset é regularmente listado entre os 100 melhores títulos de sempre, mas as tentativas de regressar a este universo nunca conseguiram vingar. Fade to Black foi a sequela direta, lançada em 1995, numa época de revolução do 3D influenciado pela PSOne. A passagem da ação 2D de scroll lateral para ação na terceira pessoa foi péssima e os fãs do original nem sequer consideram este capítulo. 

Já depois da morte da Delphine, Paul Cuisset montou o estúdio VectorCell em 2008 e lançou o remake de Flashback em 2012. Uma versão atualizada e melhorada do jogo original, produzida com diversos elementos da Delphine. A fraca receção e reviews medianas deitaram mais uma vez a oportunidade de relançar Flashback e o estúdio fechou portas. 

Felizmente, Paul Cuisset está deregresso com Flashback 2, agora sim uma verdadeira sequela, ignorando Fade to Black, apoiado agora pela Microids. É a sequela que os fãs aguardam há mais de 30 anos depois do lançamento do original. 

O protagonista Conrad está de regresso, neste mundo de ficção científica, prometendo expandir a narrativa após a derrota do Master Brain no primeiro capítulo. Conrad e os seus aliados têm agora de lidar com os Morphs, que ameaçam todas as civilizações. O seu amigo Ian, que tem muitas respostas às questões de Conrad, foi raptado e terá de ser salvo. O estúdio promete cinco cenários cheios de ação, incluindo selvas, cidade, a GBI Academy, uma vila de mutantes e a nave dos Morphs. 

A arma de Conrad pode ser atualizada ao longo da história para conseguir eliminar inimigos mais poderosos. Também pode esconder-se nas sombras para escapar dos inimigos ou eliminá-los de forma furtiva. Também é possível utilizar armaduras para proteção das armadilhas dos cenários. E ainda há algumas surpresas, tais como utilizar um mecha em certas fases ou conduzir uma Moto Jet para chegar a certos locais.

Atlas Fallen

Deck 13, 10 Agosto

Com 20 anos de história, a Deck 13 é um dos principais estúdios da Alemanha. No seu currículo conta com jogos como Lords of the Fallen e The Surge dentro do género soulslike, assim como diversas aventuras point & Click como Venetica e Ankh. O seu novo jogo chama-se Atlas Fallen e promete ser totalmente diferente daquilo que o estúdio já produziu. 

O jogador tem de explorar dunas de areia, deslizando e planando pelo cenário, onde não faltam perigos, armadilhas e criaturas para enfrentar. O objetivo é caçar monstros lendários com armas com fusão de areia e habilidades especiais. O estúdio construiu um mundo aberto à exploração, mas este inspira-se num cenário de deserto, repleto de dunas e oásis, que lembra jogos como Journey. A personagem vai mesmo poder surfar as ondas de areia nas suas deslocações mais rápidas. O sistema de Air Dash dá um boost no ar, depois de um salto duplo. 

O jogador vai criar a sua própria personagem, com a história a arrancar quando encontra uma luva. Este será um dos principais mistérios do jogo, pois a luva tem uma entidade misteriosa chamada Nyaal a viver no seu interior. Um conceito que lembra Forspoken, em que a protagonista falava com a sua espada. Uma das habilidades é a possibilidade de levantar plataformas e outros elementos enterrados na areia.  

A personagem vai conhecer diversas personagens e receber quests secundárias e outras atividades. Há muitas áreas secretas para encontrar e abrir novos caminhos. A luva pode ser melhorada com Shards e Catalysts Pieces abrindo novas habilidades de combate. E o combate parece ser um dos aspetos de relevo neste jogo, a variedade de golpes e combos através da luva, desfazendo os inimigos em areia. 

Estamos perante um jogo de ação mais tradicional, obrigando os jogadores a esquivar-se dos ataques, a bloquear e a contra-atacar, alternando entre golpes no chão ou no ar. Há um sistema de Momentum em que a arma que o jogador está a utilizar vai transformar-se numa habilidade especial e aplicar um golpe devastador ao inimigo. 

Segundo o diretor de design do jogo, Jérémy Hartvick, este novo título foge às mecânicas soullike como nos projetos anteriores, mas sim uma inspiração de gameplay em God of War e Horizon, no que diz respeito ao ênfase na velocidade e fluidez dos combates. Mas o sistema de apontar o alvo a diferentes partes do corpo dos inimigos, semelhante aos jogos The Surge, estão também presentes em Atlas Fallen.

Super Crazy Rhythm Castle

PlayStation 5, Xbox Series, PlayStation 4, Xbox One, Switch, e PC; Second Impact Games / Konami, Data a anunciar

A Konami parece mesmo estar de regresso aos videojogos, depois de uma longa temporada onde só via máquinas de Pachinko à frente. Após divórcio com Hideo Kojima a série Metal Gear Solid entrou num hiato, interrompido agora com o remake de Snake Eater e remaster da primeira trilogia; assim como o regresso a Silent Hill. Mas Pro Evolution Soccer nem ver. 

O seu novo jogo chama-se Super Crazy Rhythm Castle e está a ser produzido pela Second Impact Games, um estúdio jovem, que trabalhou como suporte com outras produtoras. Este é o seu primeiro jogo produzido a tempo inteiro, que começou a ser feito em 2021. 

E do que se trata Super Crazy Rhythm Castle? Como o nome indica, trata-se de uma caótica aventura rítmica. Um jogo com um design estético colorido e vibrante, prometendo uma mistura de elementos cooperativos originais. Os jogadores têm de trabalhar juntos para manter o ritmo e o combo da pontuação. E pode jogar sozinho ou como uma banda até três amigos.

O jogo promete muito ritmo e diversão na exploração do castelo governado pelo rei Ferdinand. Aliás, este rei está preparado para defender a coroa e ao mesmo tempo fazer a vida negra ao jogador. Terão de ultrapassar os seus desafios marados e vencê-lo nas suas próprias regras. São muitos os desafios prometidos, desde enfrentar uma gigantesca planta DJ ou interromper um ritual ancião. Tudo isto sem perder o ritmo. 

O jogo tem cerca de 30 pistas que podem ser afinadas para estilos diferentes como o rock, hip hop, dubstep e outros. O suporte cooperativo promete ser caótico, mas divertido e acessível. Podem optar pelos ritmos através de sistemas de três ou quatro botões. 

LEGO Liebherr Crawler Crane LR 13000

Preço – 679 euros, 2.883 peças, Lançamento – 1 de agosto

A LEGO anunciou o set Liebherr Crawler Crane LR 13000, um poderoso guindaste para a linha Technic. Os guindastes da fabricante são considerados os “pesos-pesados” da indústria da construção. São capazes de navegar em praticamente qualquer terreno, sendo escolhidos para construções de grandes dimensões, como pontes e túneis. Alguns dos seus modelos chegam aos 200 metros de altura!

A conhecida fabricante de peças presta homenagem a este guindaste e vai entrar para a história da LEGO como quarto conjunto mais caro do seu catálogo, segundo o website Brickset. Custa 679 euros no seu lançamento a 1 de agosto. O set tem 2.883 peças para montar e segundo a LEGO é um dos maiores modelos da linha Technic, com cerca de um metro de altura.

E sendo da coleção Technic significa que o guindaste será totalmente funcional através da aplicação Control+ da LEGO para smartphones. Pode mexer a direção, as lagartas e os ganchos através da app. Sem dúvida uma prenda de sonho para adultos.