Esta é mais uma semana onde explorei as fronteiras da cena indie, nomeadamente dos jogos de ação. Desta vez, destaco a crescente necessidade de diversificação além do excelente e prolífico formato metroidvania, nem toda a ação tem de se reger por esta fórmula. Embora este estilo que se sente nas mecânicas na hora de jogar uma determinada obra, já se consolidou a sua posição como uma experiência cativante; não nos devemos esquecer que é imperativo reconhecer que a inovação não deve estar limitada a mapas interconectados. A minha busca minuciosa pela vastidão da internet, principalmente nas redes sociais, revelou-se frutífera. Encontrei um interessante conjunto de jogos de ação independentes que oferecem narrativas intrigantes e mecânicas originais, porque no fundo, nem tudo precisa de ser metroidvania, a linearidade dos jogos mais clássicos, também faz falta.
The Looter
Tactical Dogs – Polónia
Data de lançamento não definida – PC
No distópico cenário de The Looter, a atmosfera apocalíptica é palpável enquanto os jogadores exploram Tortura, uma floresta abandonada que engoliu os vestígios de uma civilização perdida. A narrativa desenrola-se no momento em que um saqueador sem nome, um zé ninguém, e os seus camaradas empreendem uma missão perigosa ao Mosteiro, um local misterioso e traiçoeiro que supostamente contém a cura para a doença terminal de um magnata local. A jornada do protagonista toma um rumo inesperado ao ser atacado e deixado para morrer, apenas para milagrosamente acordar totalmente curado e abandonado. Determinado a reunir-se com os camaradas e descobrir os segredos de Tortura, o saqueador deve navegar pela paisagem sombria, enfrentar estranhos perigos, pilhar estrategicamente e confrontar criaturas impiedosas enquanto se envolve na sombria história que se esconde nas sombras.
No que diz respeito às mecânicas de jogo, The Looter centra-se fortemente no combate à distância, onde coloca um ênfase na emoção de enfrentar adversários mutantes com armas de fogo como pistolas, espingardas e metralhadoras. O jogo convida os jogadores a dominar a arte da mira precisa, despachando cuidadosamente inimigos a uma distância segura antes de recorrer ao seu fiel machado e a um arsenal de ferramentas explosivas quando os mutantes se aproximam mais do que deviam. Os segredos e locais ocultos de Tortura apelam à curiosidade do jogador, recompensando aqueles que exploram com olhos bem abertos, num mundo onde astúcia e perceção são essenciais para descobrir cada pedra preciosa escondida. A criação desempenha igualmente um papel crucial na sobrevivência, com os jogadores a reunirem materiais para criar itens essenciais, o denominado crafting. desvendando novos planos e receitas à medida que se progride. Tudo características interessantes para colocarmos este jogo polaco na nossa lista de desejos.
SoulQuest
SoulBlade Studio – Estados Unidos da América
Data de lançamento não definida – PC
Numa vibrante jornada inspirada na mitologia Celta, este jogo de plataformas bidimensional desafia os jogadores a enfrentarem inúmeras criaturas em busca do poder da Morrigan, a Deusa da Morte, e da redenção da alma do marido falecido. As lâminas cortam e feitiços voam num frenético combate, oferecendo uma experiência de ação ininterrupta enquanto os jogadores desbravam níveis em pixel art, imersos em paisagens deslumbrantes que refletem as já mencionadas influências celtas. O enredo envolvente mergulha profundamente nas raízes mitológicas, o que proporciona uma narrativa cativante num mundo onde a busca pela divindade se entrelaça com a busca pessoal pela salvação.
Nesta odisseia, a habilidade de desferir golpes, lançar feitiços e utilizar habilidades magicas torna-se crucial para enfrentar as forças divinas que estão neste universo. A ação acelerada, aliada ao rico folclore, cria uma experiência visualmente envolvente e repleta de emoção. Preparem-se para uma aventura onde a magia ancestral e a ação implacável colidem, num espetáculo pixelizado que captura a essência mística da mitologia Celta. Cá aguardamos pacientemente pelo lançamento de SoulQuest.
Ghost Knight: A Dark Tale
Grimware Games – Estados Unidos da América
Data de lançamento não definida – PC
Arthur Ramazanov, um ex-artista 3D de ambientes em jogos triple A, criou a Grimware Games, para produzir o se próprio videojogo a solo. Com uma década de experiência em estúdios como a Sledgehammer Games, a Suckerpunch e a Microsoft, Ramazanov canaliza sua paixão por side-scrollers e um estilo artístico cartoon, com influências claras em Tim Burton, para criar um título que se destaca no vasto oceano de ofertas indie. Desde o design do jogo até à música, cada aspecto é moldado pelo talento singular deste produtor multifacetado, que oferece, assim, aos jogadores, não apenas um jogo, mas uma obra para mais tarde, recordar – pelo, menos é esta a ambição, falta saber se a conseguirá concretizar.
Em Ghost Knight: A Dark Tale, somos transportados para um ambiente atmosférico através deste platformer de ação 2,5D com um estilo retro. Neste conto sinistro, um rei obcecado pela imortalidade desencadeia a abertura de portais para uma dimensão de pesadelos, dando vida a mortos-vivos, bruxas e criaturas desconhecidas, os “Unseen Ones”. Encarnamos o Ghost Knight, um herói espectral aprisionado numa armadura, equipado com poderes sobrenaturais para enfrentar esses pesadelos. As paisagens épicas, a variedade de inimigos e os desafios de plataformas exigentes são entrelaçados com uma estética de arte contemporânea e elementos nostálgicos, criando uma experiência que promete destacar-se no vasto cenário de jogos independentes. Mal posso esperar pelo seu lançamento.