Se fosse o João Machado a escrever este artigo, decerto que se ia lembrar dos anúncios da Nike com os maiores jogadores de futebol da época a fazerem malabarismos com a bola, movimentos esses que eu nunca conseguiria fazer nem que me crescesse uma terceira perna na lombar. 

Também não sei se a inspiração para um dos mais originais indies apresentados na Gamescom do ano passado foi esse mesmo conjunto de publicidades míticas, mas o que Footgun: Underground se propõe a fazer poderia ter saído das mesmas mentes criativas.

Neste roguelike de acção bidimensional temos de percorrer uma série de estações subterrâneas infestadas por monstros que temos de derrotar com uma espada, com armas, com criaturas coleccionáveis, com bolas de futebol. Neste bizarro e diferente roguelike temos de derrotar os muitos inimigos e os bosses, ecrã após ecrã, com remates certeiros das nossas bolas de futebol, com mecânica de ricochete que faz lembrar SteamWorld Heist.

Com melhorias no personagem e nos tipos de bola (as suas características e os seus efeitos), em Footgun: Underground tem um sistema de melhorias permanentes, muitos personagens para desbloquear e muito chips que alteram não só o poder do nosso remate, mas também a forma como criamos sinergia com os melhoramentos que aplicamos nas nossas bolas.

Já tínhamos jogado a demo há uns meses, mas a versão final com as magníficas lutas de bosses e todo o equipamento e melhorias disponíveis fazem deste um dos mais originais jogos do género. O que é dizer muito, considerando que cada vez mais roguelikes são lançados mas que pouca ou nenhuma originalidade nos trazem para além do setting