Ou foi por obra do acaso ou uma coincidência estranha que depois de termos regressado aos indie inspirados por Sokoban com Sokobalien, que nos chegasse um segundo jogo com a mesma abordagem, e o mesmo preço, intitulado Cats and Sokoban – Mimi’s Scratcher.
Fazendo já uma ponte para com esse jogo que tanto nos surpreendeu, Sokobalien em comparação com Cats and Sokoban – Mimi’s Scratcher faz tudo melhor. A direcção de arte deste é muito mais inócua, quase placeholder, evidenciada pelo vazio do fundo que circunda cada nível.
A própria diversidade dos níveis acaba por sofrer pelo limitado leque de opções mecânicas que são adicionados, e não tarda muito até sentirmos que cada um dos 55 níveis acaba por arrastar-se mais do que o Garfield numa segunda-feira.
Porém, há em Cats and Sokoban – Mimi’s Scratcher algumas ideias curiosas para o género, e quase todas se prendem com a agilidade natural dos felinos. Ao contrário da maioria dos puzzle games do género, em Mimi’s Scratcher podemos saltar para cima das caixas que empurramos, e em algumas situações até pegar nelas com a boca e saltar para outras secções do nível. O objectivo sempre em vista está identificado no título, com a nossa necessidade de reconfigurar e empurrar caixas para podermos alcançar o arranhador da titular Mimi.
Há uma diferença entre um jogo simples – aquele que consegue encapsular numa experiência acessível e compreensível a todos – e algo simplista, que é o que Mimi’s Scratcher. Com uma direcção de arte praticamente inexistente, Mimi’s Scratcher é pouco mais do que um projecto estudantil, ainda que com potencial para ser ser algo mais. Têm 2 euros para jogar e querem muito jogar um puzzle game deste género? Esta não é a melhor opção.