A responsabilidade do renovado interesse global em party games é da Nintendo. Depois de muito tempo a serem não só os porta-estandarte mas também os únicos a terem grandes lançamentos pensados para momentos mais relaxantes e casuais para grupo. Dezenas de criadores indie têm passado o testemunho entre si para manter o género vivo, e alguns até de reinventá-lo. É o que tentou fazer MAGIC CHAOS, lançado a 8 de Março pelo estúdio japonês Super Starmine, é uma adição “diferente” ao mundo dos party games com uma reviravolta única: misturando elementos de party game com bullet hell. Este jogo oferece uma experiência frenética e repleta de ação, protagonizada por personagens inspiradas no estilo magical girl.
Ao contrário dos party games tradicionais que tendem a ser relaxantes e acessíveis para todos os públicos, MAGIC CHAOS exige reflexos rápidos e concentração máxima. O jogo obriga-nos a movimento constante para evitar balas enquanto se tenta derrotar os oponentes, resultando em partidas intensamente competitivas e muitas vezes imprevisíveis.
A adição desta cobertura bullet hell é implementada de forma competente, com padrões de ataque que, embora desafiadores, são justos e recompensam a nossa destreza. No entanto, esta natureza frenética pode afastar jogadores que procuram uma experiência mais casual e social típica dos party games.
MAGIC CHAOS oferece um modo single player, porém este é limitado ao Score Attack. Neste modo o objetivo é simples: sobreviver o máximo de tempo possível enquanto acumula pontos. Embora divertido por um tempo, a falta de variedade e profundidade torna este jogo rapidamente em algo repetitivo e monótono.
O foco principal do jogo é o multijogador, e é aqui que MAGIC CHAOS deveria brilhar. Infelizmente, a experiência multiplayer é prejudicada por um problema significativo: as salas online estão desérticas. A falta de jogadores ativos torna extremamente difícil encontrar partidas, o que é um grande obstáculo para um jogo que depende tanto da interação online. Um problema que assola jogos conhecidos e com grandes orçamentos, e que é verdadeiramente fatal sobretudo para pequenas produções indie.
MAGIC CHAOS é um jogo que tenta inovar ao combinar a intensidade dos bullet hell com a interação dos party games, mas acaba por cometer grandes erros e sofrer com alguns problemas fundamentais. A falta de uma comunidade ativa de jogadores online é possivelmente a maior falha e que faz de MAGIC CHAOS um quase nado-morto. Além disso, a ausência de uma narrativa ou modos de jogo mais variados são extremamente limitativos.
Para aqueles que conseguem reunir amigos para jogar localmente ou são fãs dedicados de bullet hell, MAGIC CHAOS pode oferecer alguma diversão e desafios intensos. No entanto, para a maioria dos jogadores, a experiência pode se tornar rapidamente frustrante devido à falta de oponentes disponíveis. O estúdio Super Starmine criou uma base sólida com MAGIC CHAOS, um party game que é o oposto do que o género normalmente é, mas precisará de ajustes e de uma maior comunidade de jogadores para realmente brilhar no competitivo mercado de jogos multiplayer.