
Bloodborne™_20230817191603
Estamos a meros cinco meses do 10º aniversário da maior obra de Hidetaka Miyazaki – com todo o respeito, não é Elden Ring, belíssima obra também – e como em jeito de celebração/ajuda, deixo este ranking e guia para os bosses de Bloodborne.
Neste universo gótico de mistura entre lendas vitorianas, monstruosidades ferais grotescas e viscosidade dos contos de terror lovecraftiano, vão surgir vários bosses no vosso caminho, alguns de uma dimensão gigantesca e outros mais pequenos, que são ainda mais assustadores. Como sou um bocado assustadiço, adicionei um “tamanho do susto” avaliado a partir da minha experiência pessoal quando vagueei por Yharnam.
Se nunca jogaram Bloodborne, mas querem estar preparados para o que aí vem, ou ter uma ajudinha quando se depararem com estes obstáculos, então fiquem a saber que existem três categorias de bosses/inimigos: humanos (q.b.); bestas (lobisomens ou espectros); e divinos.
Cleric Beast
Tamanho do susto: três
Área: Central Yharnam
NPC: Sim (Father Gascoigne)
Tipo: Besta
Obrigatório: Não
O boss mais conhecido do jogo… e que nem obrigatória é. Sim, só após ter revisitado Yharnam por uma segunda vez – e com um ligeiro toque de um amigo – atingi o facto que Cleric Beast é um boss opcional e que pode ser evitado, caso o utilizador não esteja predisposto a guerrear com um bicho daquele tamanho. Contudo, Cleric Beast tem um impacto profundo no jogo, especialmente porque podemos ouvi-lo à distância quando está a subir a escada que dá acesso a Central Yharnam. Um guincho animalesco ecoa nos céus e, eu fiquei parado. Aliás, comecei imediatamente a suar e a ficar preocupado, soletrando as palavras ‘Que raio foi aquilo?’.
Em relação ao combate, primeiro conselho é não terem receio do tamanho. Boss de larga envergadura significa maior área para acertar. Os cocktail molotovs (por favor digam-me que não os gastaram…) são uma ajuda genial e que pode encurtar a vitalidade de Cleric Beast num instante. Atenção aos saltos, pois o bicho gosta de surpreender, assim como o ataque especial em que agarra o nosso boneco. Não é o melhor inimigo para treinarem o parry.
P.S.: caso precisem de ajuda, o NPC que vos pode dar uma mãozinha está junto a um poço que se encontra numas escadas adjacentes à ponte onde está Cleric Beast. Precisam só de adquirir a “Old Hunter Bell” nos vendedores no HUB.
Father Gascoigne
Tamanho do susto: quatro
Área: Central Yharnam
NPC: Não
Tipo: Humano / Besta
Obrigatório: Sim
O boss que me fez abandonar este videojogo quando tentei jogá-lo pela 1ª vez. Father Gascoigne é um ser irritante, nefasto, perverso e… brilhante. A larga maioria dos jogadores enfrenta-o depois de Cleric Beast e baixa logo a guarda porque o senhor está ao nível dos nossos olhos. ‘É simplesmente um humano, quão difícil pode ser comparado com aquela besta de 10 metros?’. Muito mais. É aqui que entra a genialidade de Bloodborne, porque é aqui que a equipa de Miyazaki faz questão de demonstrar que a experiência de Demon e Dark Souls termina, e começa outra coisa completamente diferente.
Enquanto os primeiros jogos da FromSoftware exigem paciência nos bosses e até em certos inimigos, Bloodborne pede agressividade, implacabilidade e uma sede contínua para não parar a onda de ataques, custe o que custar.
É também neste momento que entra em jogo o parry de Bloodborne, que é feito através de um tiro bem calculado na altura em que o inimigo vai desferir um ataque.
Father Gascoigne é o verdadeiro 1º boss da vossa aventura de Yharnam e que pode até criar alguma celeuma e nervos. Sejam agressivos, partam para cima, tentem meter o parry ou pelo menos saber um ou dois ataques, recuar, ganhar a estamina de novo e voltar ao mesmo. Aprendam os movimentos e não se se surpreendam com a 2ª fase.
Ah, caso necessitem de uma ajudinha, aconselho a passearem por Central Yharnam e encontrarem uma certa janela (normalmente têm a luz acesa ou uma espécie de candeeiro acesso à porta). Alguém vos pode dar uma preciosa ajuda no formato de uma caixa.
Blood-starved Beast
Tamanho do susto: dois
Área: Old Yharnam
NPC: Sim (Alfred)
Tipo: Besta
Obrigatório: Não
Old Yharnam é casa de feras e seres que foram abandonados por aqueles que vivem nas zonas principais da cidade, e mais não digo porque o lore deste jogo é extenso. Depois de contornarem as várias curvas e contracurvas desta área, encontram Blood-starved Beast dentro de uma igreja.
Similar ao Cleric Beast em termos de agressividade e alcance dos ataques, o Blood-starved Beast tem, no entanto, duas características diferentes: veneno; e velocidade. Quanto mais baixa a vitalidade, mais aumenta o dano, velocidade entre os ataques e letalidade do veneno, obrigando-nos a ter em nossa posse alguns objectos, a começar pelo antídoto (antidote), cocktail molotov ou fire paper e pungent cocktail (não consigo encontrar a melhor tradução para isto).
Se o fogo faz um dano extra, e o antídoto resolve o envenenamento, o cocktail pungente ajuda a afastar o boss, sendo necessário arremessar este objecto para longe. Isto oferece uma janela de oportunidade para atacar ou recuperar fôlego e vida.
Caso optem por não ir buscar o Alfred (NPC), então preparem-se para uma luta paradoxal, pois vão ter de viver entre uma intensidade frenética e uma necessidade de acalmar os ânimos. Podem evitar este boss, mas aconselho a efectuarem este combate, tanto porque abre o acesso a certas áreas como uma variedade de objectos importantes.
The Witch of Hemwick
Tamanho do susto: um
Área: Hemwick Charnel Lane – Witch’s Abode
NPC: Sim (Alfred)
Tipo: Humano (praticamente)
Obrigatório: Não
Vou oferecer dois truques, um perverso e que desce a dificuldade deste boss para 0 e outro que é mais simpático. Perverso: o vosso Insight, aquele olhinho no canto superior direito, sabem? Coloquem em zero. Isto faz com que as bruxas não vos consigam ludibriar com aparições monstruosas que podem fazer dano. Ou seja, restam só as bruxas, lentas por natureza e sem grande capacidade de dano. O problema é que ao terem Insight, o jogo pode ficar mais complicado em certas áreas…
O segundo truque é simplesmente entrarem na arena de combate, e evitarem só combater com as aparições. Foquem-se a encontrar as bruxas, que normalmente estão escondidas num dos cantos. Elas lançam uma espécie de ataque espectral de cor branca, fácil de evitar mas que revela a sua localização.
Novamente, é um boss opcional mas permite que tenham acesso às runas, um pormenor que vai ajudar-vos em larga parte do jogo.
Darkbeast Paarl
Tamanho do susto: quatro
Área: Old Yharnam – Graveyard of the Darkbeast
NPC: Sim (Defector Antal)
Tipo: Besta
Obrigatório: Não
Defunto Pikachu, é como lhe chamo. E é que não é um raio de um Pikachu malfeitor e que cisma em eletrificar tudo em seu redor? Darkbeast Paarl é extremamente complicado como boss inicial, já que possui dois ataques praticamente letais, dando pouco espaço para pensar e fugir, tudo por conta da arena mínima em que se encontra.
Tragam todos os itens associado a fogo possíveis e não façam uma sequência comprida de ataques, optando por um ou dois toques e recuar, voltar a ganhar posição e ataque novamente, entrando assim num loop. Não façam lock-on, se faz favor. Pode fazer confusão o facto de não o terem preso ao vosso ecrã, mas liberta-vos mais rápido caso o bicho decida sair do seu esquema de ataques.
Um dos pontos fracos são as patas, já que uma onda de ataques (especialmente com armas serradas) vai fazer com que perca força e caia, permitindo-vos atacar livremente.

O Pikachu se fosse a FromSoftware a fazer o Pokemon
Vicar Amelia
Tamanho do susto: quatro
Área: Cathedral Ward – Grand Cathedral
NPC: Sim (Old Hunter Henriett)
Tipo: Besta
Obrigatório: Sim
Cleric Beast 2.0, nada mais, nada menos. A dificuldade sobe de tom, mas… como o primeiro boss opcional do jogo, requer uma boa dose de agressividade e sapiência no momento de fugir do seu alcance. Não há qualquer transição cinemática entre fases, mas a vigária da Healing Church fica mais ágil, agressiva e aplica um ataque especial que consiste numa sequência de quatro murros.
Numa das ruas laterais à escadaria principal que dá acesso ao boss tem um NPC à vossa espera, podendo dar muito jeito, especialmente nos momentos em que precisam de um isco ou de um bode expiatório. Não é um boss enervante ao ponto de virem a perder sono, mas requer concentração, ritmo e ambição mordaz.
Shadow of Yharnam
Tamanho do susto: dois
Área: Forbidden Woods – Forbidden Grave
NPC: Sim (Younger Madaras Twin ou Henryk)
Tipo: “Humano”
Obrigatório: Sim
Não é um, nem dois, mas três bosses ao mesmo tempo. Irmãos gémeos mas cada um com a sua especialidade. Ou seja, quando entrarem na arena pela primeira vez, após ultrapassarem uma das áreas mais tensas de todo o jogo, o choque psicológico é enorme.
‘Como é que derroto três? E se matar um deles, os outros dois ganham uma vitalidade extra tipo Smough e Ornstein?’. Vamos à primeira pergunta: jogo de xadrez mas em patins. Ou seja, calculem bem o número de ataques, não exagerem na sequência e não se deixem encaixar num canto, senão é o canto do cisne. Seja fire paper ou bolt paper, ambos itens podem dar uma preciosa ajuda a acelerar o fim destes fantasmas.
Em relação à segunda questão… não, se derrotarem um, os outros ficaram praticamente iguais. A única diferença é que quando restar apenas um destes Shadows of Yharnam, vai surgir uma espécie de summon, saindo do chão uma cobra gigantesca em determinados momentos. Essa convocação é anunciada, e nesse momento afastem-se rapidamente, como se a vossa vida dependesse disso, porque depende.
Uma boa estratégia é irem diminuindo a vida dos três ao mesmo tempo, e depois meterem um fim permanente. Um dos conselhos que deixo é perderem tempo a explorar a floresta adjacente à arena, desbloquearem todos os atalhos, facilitando a vossa vida caso derrapem neste boss.

Sombras da noite… (Fonte: Bloodborne wiki)
Martyr Logarius
Tamanho do susto: três
Área: Forsaken Cainhurst – Castle Logarius’ Seat
NPC: Não
Tipo: Humano
Obrigatório: Não – DLC
Dr. Logarius decidiu acampar no telhado do castelo Cainhurst, como se fosse 2000 no mapa De_Inferno do Counterstrike. Depois de andarem a passear pelos salões e vastas bibliotecas do 1º DLC de Bloodborne, vão encontrar um boss que é altamente agressivo e doentio, capaz de vos atirar ao tapete vezes e vezes sem conta.
Há truques? O parry (e subsequentemente o ataque visceral), paciência ao cubo e capacidade para se esconderem atrás das cúpulas que estão nesta área. Logarius não é um boss agradável, especialmente quando chega a meio da barra de vitalidade, elevando a dificuldade para outro patamar, especialmente pela quantidade de ataques especiais que spamma. Mas vale a pena… é um dos combates que ajuda aperfeiçoar certos timings que podem ser altamente valiosos para futuros desafios.
Amygdala
Tamanho do susto: cinco
Área: Nightmare Frontier – Amygdala’s Chamber
NPC: Não
Tipo: divino
Obrigatório: Não
É aqui que Miyazaki e os seus companheiros tratam de vos apresentar o tal terror lovecraftiano. As Amygdala estão espalhadas por toda a Yharnam, e quanto maior for o vosso Insight, mais facilmente conseguirão as vislumbrar no topo dos vários telhados que furam os céus.
Mas só poderão combater contra uma Amygdala (fora os Chalice Dungeons, mas deixemos isso para outra altura) e essa está no Nightmare Frontier.
Enorme, inteligente, sagaz e que tira um par de nabos da púcara quando menos esperam. A Amygdala é difícil de fazer parry, mas por vezes milagres surgem, sendo que a melhor estratégia é apontarem os vossos ataques para os braços, com estes a poderem ser partidos. Se a cabeça vier ter ao chão, imediatamente enfiem a ponta da vossa arma nesse ponto, pois é o ponto fraco central da Amygdala.
Três ataques são praticamente classificados como one-shot: um raio de luz sobrenatural que simplesmente tira 95% da vossa vida; e uma sequência de murros e pontapés com capacidade para vos tornar em terra picada; e um salto assustador, com o boss a desaparecer e surgir em cima de vocês no mesmo instante (se ficarem quietos, não vos acerta 9 em 10, mas têm de ficar mesmo quietinhos).
Podem sempre evitá-la, e deixar para o endgame.

Uma dor na Amygdala (Foto: 31 Days of Bloodborne Monsters)
Rom, the Vacuous Spider
Tamanho do susto: três
Área: Byrgenwerth – Moonside Lake
NPC: Sim (Henryk / Madaras Twins / Damien)
Tipo: divino
Obrigatório: Sim
Sabem aquele meme do filme “Troia” em que está o actor de Succession a apontar o dedo e a rir? É a reacção que 99% dos jogadores tem com Rom, quando vê uma espécie de barata/aranha mas com um ar fofinho e que se defende ao rebolar ou a convocar uma data de aranhas de menor dimensão.
Porém, gozem com Rom e é garantido que vão aprender rapidamente a lição, pois quando chegam a metade do combate, o boss aplica dois super ataques que provocam morte instantânea. Eu tive três experiências com Rom: na primeira vez que combati, só o derrotei à 3ª tentativa (com ajuda de amigos); na segunda foi à primeira; na terceira demorei três horas.
Solução é ir fazendo um ziguezague por entre os minions de Rom, acertar um par de ataques na zona lateral (a cabeça está protegida por uma carapaça) e recuar, repetindo esta estratégia. Ao derrotarem Rom, a segunda metade de Bloodborne começa, ficando aqui um conselho: se já tiverem num nível bem alto, comprem fire e bolt paper em excesso, assim como blood vials, pois após a derrota deste ser “divino”, a inflação atinge Yharnam.
The One Reborn
Tamanho do susto: dois
Área: Yahar’gul, Unseen Village – Advent Plaza
NPC: Sim (Yamamura the Wanderer / Defector Antal)
Tipo: nem sei
Obrigatório: Sim
The One Reborn é… uma trapalhada brutal. Um monte de ossos, carne viva e sofrimento amalgamado. Porém, não é um boss difícil. Comecemos pelo facto de The One Reborn ter copiado o trabalho de casa do Tower Knight de Demon Souls, tendo no topo da arena uma série de bruxas, que lhe dão uma ajuda extra. Subam lá para cima primeiro, limpem uma por uma, e só depois enfrentem o boss.
Como todas as coisas de largas porporções em Bloodborne, aconselho a darem um par de ataques, e afastarem-se rapidamente. Ataquem pelas costas, nunca pela frente, e tenham cuidado quando o boss começa a meter sangue na arena. Fire paper pode ser essencial, assim como cocktails molotov.
Celestial Emissary
Tamanho do susto: zero
Área: Upper Cathedral Ward – Lumenflower Gardens
NPC: Não
Tipo: divino
Obrigatório: Não
Sabem aquela reacção que tiveram com Rom? Podem ter com Celestial Emissary. Apesar do nome todo pomposo, este ser é simplesmente uma farsa, sendo uma espécie de “piada”. Sejam agressivos e rapidamente vão colocá-lo em KO.
Ebrietas, Daughter of the Cosmos
Tamanho do susto: quatro
Área: Upper Cathedral Ward – Altar of Despair
NPC: Sim (Damian)
Tipo: divino
Obrigatório: Não
É outro boss inspirado no mundo de HP Lovecraft, possuindo um nível de dificuldade alto, especialmente se vierem para o combate abaixo do nível requisitado. Ebrietas tem força, possui uma série de ataques espirituais que facilmente vos deixam em KO ou perto disso, mantendo uma postura agressiva calculada durante todo o combate.
O ponto fraco é a cauda, e é permeável a bolt paper, sendo fundamental que tenham paciência para calcular os riscos. Contudo, nunca se afastem muito do boss, porque este vai convocar uma espécie de raio divino que limpa tudo o que toca. A música deste combate é daquelas que fica no ouvido.
Micolash, Host of the Nightmare
Tamanho do susto: dois
Área: Nightmare of Mensis – Mergo’s Loft: Middle
NPC: Não
Tipo: humano
Obrigatório: Sim
Um jogo de apanhada num primeiro momento, e depois uma corrida para evitar que Micolash não consiga convocar o divino e esboçar um ataque aniquila convosco. O melhor conselho que posso oferecer é polirem o parry o melhor possível, esperando pelo momento certo para desferir a bala e, em seguida, acionar o ataque visceral.
Não spammem ataques em demasia, porque o AI de Micolash activa o tal one-shot one-kill nesse momento. É irritante, chato e força a recomeçarem todo o jogo da apanhada. Cuidado que há minionx pelo caminho, mas simplesmente desviem-se daqueles que são uns corpos sem graça.
Mergo’s Wet Nurse
Tamanho do susto: cinco
Área: Nightmare of Mensis – Mergo’s Nurse’s Lunarium
NPC: Não
Tipo: “humano”
Obrigatório: Sim
Se os gritos de um bebé após Rom não vos fez arrepiar a pele, ou o facto de terem as Amygdalas a observar cada movimento vosso ou aquela área que dá acesso a The One Reborn, então Mergo’s Wet Nurse vai tratar do assunto. Ainda hoje em dia é dos bosses que mais discussão reúne online e em grupos dedicados a Bloodborne, e muito tem a ver com o setting, a forma como ataca e o que realmente significa para a narrativa.
Em relação ao combate, Mergo’s Wet Nurse tem e não tem duas fases, e passo a explicar. Se forem rápidos a baixar a barra de vitalidade até meio, o boss lança uma espécie de nevoeiro roxo, escurecendo toda a arena… do nada, surge mais do que uma Wet Nurse, e isto implica saltar, rebolar e fugir o mais rápido possível.
Quando esta névoa se dissipa, voltem a atacar, mas sejam rápidos sempre, e não tentem encaixar uma sequência larga de ataques. Há outro ataque a ter em atenção, que funciona como uma trituradora: o boss apanha-vos pela frente e de forma interrupta dá gás às várias foices, não dando tempo para escaparem.
Gehrman, The First Hunter
Tamanho do susto: cinco
Área: Hunter’s Dream – Late Blood Moon
NPC: Não
Tipo: humano
Obrigatório: Sim
Para mim, é o boss com melhor música de todo o jogo, igualado ou ultrapassado por Lady Maria (está no Old Hunters DLC). Gehrman, o vosso “mestre” é o (pen)último obstáculo para fecharem a vossa caminhada por Bloodborne.
Como Gascoigne, ou outros mini-bosses humanos que foram apanhando pelo jogo (Micolash não entra nesta onda), Gehrman faz uso das mesmas armas que o nosso caçador, empunhando uma longa foice e um pistolão.
Altamente veloz, agressivamente ágil e de uma inteligência mordaz, este boss requer que sejam violentos e astutos. O conseguirem encaixar um parry e um visceral vale tanto como serem capazes de rebolar ou clicar no “dash” no momento certo.
Se Gehrman oferecer uma abertura para assinarem uma sequência de 5 ou 6 ataques, façam-no, nem pensem duas vezes. Se Gehrman decidir impor ele uma sequência idêntica, dêem espaço e esperem pelo momento X para dispararem uma bala na sua direcção. Um conselho: façam uso da música. Entrem no ritmo. Deixem-se elevar pelo coro. Há um propósito de Miyazaki e a equipa que compôs toda a banda sonora.
Moon Presence
Tamanho do susto: cinco
Área: Hunter’s Dream – Late Blood Moon
NPC: Não
Tipo: divino
Obrigatório: Sim
Se não seguirem nenhum guia na net, ou não tiverem atenção aos diversos documentos e notas espalhadas pelas várias áreas que compõem o mundo de Bloodborne, dificilmente vão conseguir ter este boss.
A Moon Presence, o ser que capturou Yharnam nas suas garras graças à ganância dos Yharnamitas de quererem atingir o divino, é difícil sobretudo por três razões.Primeiro porque é logo a seguir a Gehrman e não há pausa para irem buscar mais blood vials ou quicksilver bullets; segundo, porque não obedece a grandes regras de sequência de ataques; e terceiro porque bloqueia a capacidade do utilizador se curar quando chegam à 2ª fase do combate. A acção de consumir blood vials fica sem efeito durante um período de tempo e isto causa um choque total.
A combinação destes três elementos elevam Moon Presence para um patamar de dificuldade supra elevado, mas há quem diga que o facto de estar dentro de uma sequência de dois bosses, ajuda a agilizar comportamentos do jogador.
E isto é o meu guia alargado de Bloodborne. Faltou o Old Hunters DLC, mas isso deixo para outro texto. Bloodborne é largamente diferente de qualquer outro soulsborne, porque ao invés de existir um pedido expresso ao jogador de “paciência” ou “a defesa é o melhor ataque”, Miyazaki berra aos nossos ouvidos com “ATACA AGORA, VAI PARA CIMA DELE!”, “ÉS UM CAÇADOR OU APANHADOR DE MORANGOS?” ou “SIGA, PARRY, VISCERAL, SANGUE ISSO, FÁ-LO SANGRAR”.
Agressividade sapiente, é como definiria a estratégia para esta viagem por Yharnam e as suas ruas e zonas degredadas, pelos caminhos sinuosos misteriosos e locais esquecidos pelos seus habitantes. Tenham sede em descobrir todos os seus mistérios, e deixem-se viciar neste mundo.