Mais uma vez os insistentes e interessantes anúncios que me colocaram perante Mob Control em mais que uma plataforma, fizeram que acabasse por instalar o sacana do jogo, mas sempre desconfiado que seguramente não iria apanhar quase nada parecido com o prometido. Desta vez estava enganado. 

O mais irritante da praga de anúncios a jogos para telemóvel é que raramente bate a bota com a perdigota.  Nesse ponto até agradeço serem de instalação gratuita, pois o que acabo por fazer é instalá-los e removê-los praticamente de seguida. Mob Control foi-se mantendo o meu jogo diário há quase duas semanas, pelo que já merece umas palavras. 

A premissa do jogo é extremamente simples, tanto que quando escrita é bastante redutora, já que simplesmente nos limitamos a controlar um canhão que deslizamos no fundo do ecrã, que dispara automaticamente a nossa turba de elementos que servem como carne para canhão, já que destemidamente se lançam no campo de batalha em busca de inimigos para destruir. 

É isto que fazemos em Mob Control. 

Apesar desta simplicidade o que me leva a escrever sobre o jogo é todas as actividades que o compõem e nos mantêm entretidos por mais tempo do que é habitual. A nossa evolução é assente na evolução das nossas estruturas de apoio que permitem desbloquear a planta das nossas personagens (Mobs), Ccanhões, Campeões e Ultimates que posteriormente precisamos de cartas para desbloquear e finalmente cartas para evoluir. Vamos ganhando essas cartas jogando e precisamos sempre de moeda para acompanhar a festa. Para evoluirmos as estruturas temos uma moeda diferente, que também temos de usar em conjunto com a mesma moeda usada para evoluir as Mobs. Inicialmente até parece que a moeda cai do seu, mas rapidamente percebemos que é ela quem nos retém as evoluções e desconfio que é neste ponto que os desenvolvedores esperam ganhar o dinheiro de volta, já que a loja é bastante espartana em opções. 

Na versão gratuita temos anúncios a girar no final de cada nível, e isso revelou-se assaz irritante. O que vale é que durante muito tempo conseguimos testar o jogo sem qualquer anúncio a correr, e isso é suficiente para perceber se vamos investir algum do nosso tempo a jogá-lo ou se vamos abandoná-lo em dois ou três dias. Se a primeira opção parece a mais provável, vale a pena atirar 2€ para remover os anúncios obrigatórios, que foi o que acabei por fazer. 

Aparte isso temos mais anúncios, esses opcionais, que podemos assistir para duplicar os nossos ganhos ou para nos reanimar se morrermos a qualquer momento de uma partida. Aparte os níveis com bosses, parece que podemos fazer isso a qualquer altura e sem qualquer limite de utilizações, o que acaba por nos tornar imortais. 

Em Mob Control há sempre algo a acontecer. No momento em que escrevo está a decorrer o evento Echoes of Cybertron, que advém de uma parceria com os Transformers. Embora o jogo se jogue da mesma maneira, ficamos com acesso a novos Campeões temáticos, e temos uma história em 3 atos para seguir. Para além disso há o já esperado battle pass com lados gratuitos e págos, eventos diários rotativos, ataques à nossa base para criar a ilusão de momentos PVP, Confrontos Globais onde cada jogador escolhe um lado e a sua pontuação individual contribui para o resultado final e claro, uma escada de prémios em que os primeiros 3 são gratuitos, mas depois temos que ir pagando esporadicamente para ir subindo. 

Para além disto Mob Control dá-nos a opção de pagar dois níveis de exclusividade, sendo a utilidade do valor a pagar a ser pesado pelo jogador, mas para mim nenhum deles faz qualquer sentido, mas tiro o chapéu à equipa por ter criado uma opção para um pagamento único para obter todas as regalias, quando o que vejo habitualmente são apenas os pagamentos mensais. 

Mob Control reúne a simplicidade que gosto e procuro num jogo para plataformas móveis, e tanto considero que essa é a melhor forma de o jogar que nem equaciono procurar as suas versões para PC ou consola. O facto de não me obrigar a pagar para obter uma experiência mais que satisfatória faz-me recomendá-lo, deixado a ressalva que sem nenhum investimento pode tornar-se aborrecido assistir a anúncios no final de cada ronda.