Super Mario Party Jamboree (doravante SMP Jamboree) parece ter-me chegado às mãos com enguiço. Para ser honesto aconteceu de tudo desde que o comecei a jogar, e tudo para impedir que escrevesse sobre ele, tanto que mesmo não sendo supersticioso fico agora a pensar no que raio irá acontecer a seguir. As hipóteses são múltiplas, pelo que acho que o melhor é mesmo falar bem sobre o jogo.
Desde a Wii que não jogava um Super Mario Party, e este jogo mostrou-me porque me falha o apelo. Sei que ninguém vai ao engano, mas isto é um party game! Agora apanhei-vos de surpresa, imagino. Estou a imaginar-vos a lançar as mãos à cabeça no meio do espanto e entusiasmo enquanto gritam a plenos pulmões “diz-nos mais, Gonçalo!”. Terão de esperar, já lá chego.
Pensava que tinha sido há muito menos tempo, mas já foi há 6 anos que a NDCube lançou o último Super Mario Party, e este spin-off de Mario é uma excelente fonte de diversão, e vendas, para se guardar muito tempo, afinal nem me admira que seja novamente lançado para a próxima consola da Nintendo, porém, com a eventual retrocompatibilidade isso pode ser um cenário duplamente positivo para os fãs da franquia, já que o jogo é genuinamente bom, muito melhor do que me lembrava.
Algo que não imaginava ver em SMP Jamboree era a quantidade de modos para além do tradicional modo que se joga como um tradicional jogo de tabuleiro, uma espécie de jogo da Glória… glorificado, pontilhado de desafios e minijogos em que defrontamos os nossos inimigos sozinhos ou acompanhados já que há muitos jogos cooperativos. Há tanta opção que quase que arrisco dizer que o modo tradicional… foi o que menos me chamou.
Joguei o primeiro tabuleiro com a minha filha, antes de desbloquear o segundo, e admito que foi bastante divertido, mas depois na palhaçada com ela deixei cair a consola pelas escadas. Para um brinquedo que desceu 12 degraus ficou impecável, dois pixéis semi-mortos numa primeira inspecção, mas posteriormente percebi que também tinha ido o botão “L”, e como já não tenho mais nenhum joy-con esquerdo a funcionar, lá se foi a possibilidade de jogar os jogos com sensores de movimento… e jogar a dois de forma prática, já que o que agora me resta são os práticos controlos da Hori, que apesar de bons, não podem ser desatarraxados, por isso joguei à vez a partir daí, e muita da magia se esvai, mesmo jogando online.
Uma pequena frase para esses jogos, que carecem do uso livre de joy-cons. Não gostei muito dos que me calharam em sorte, e não podem acreditar totalmente nisto, mas na altura pareceu-me que a detecção do movimento, mesmo sendo coisinhas simples, não funcionava muito bem, porém há tantos mini-jogos que não precisam desses controlos que nem damos pela falta, nem torna o jogo menos apelativo perdemos, porém, o acesso aos modos de fabricação de itens, Cozinha de Ritmos e à Escola de Voo. Não fui a tempo de experimentar nenhum desses, portanto no tradicional ramo dos jogos de tabuleiro apenas me restou o tradicional Mario Party, a Baía dos Mini-Jogos onde acabei por passar a maior parte do meu tempo quer a jogar online no engraçado modo Survival, uma espécie de Takechi’s Castle onde apenas um é vencedor, também gostei do modo com desafios diários, ou modo cooperativo ou o modo onde se jogava todos contra todos. Claro que o modo em que escolhemos o que queremos jogar não podia faltar. Há ainda um modo que tenta simular uma corrida, em que os pontos que obtemos nos mini-jogos nos fazem avançar ou o divertidíssimo modo em que tentamos derrotar o Bowser.
Outro modo que gostei bastante ao qual conseguimos aceder na Praceta central é ao Party-Planner Trek, onde tentamos ajudar todos os participantes num cenário a organizarem um evento, cumprindo algumas tarefas, amealhando mini-estrelas, culminando numa luta contra um chefe de fim de cenário. Também aqui se vão desbloqueando mais cenários para concluir.
Consoante vamos jogando vamos conseguindo créditos para comprar opções de decoração para a nossa Praceta, ou para desbloquear músicas. Também vamos atingindo objectivos que nos permitem ir avançando numa espécie de Passe de Batalha que não é bem um Passe de Batalha, mas que é apresentado dessa forma.
Acredito que jogos como SMP Jamboree comecem a tornar-se repetitivos para quem os vai colecionando. Não sei se valerá a pena comprar este se já tivermos Super Mario Party, o que sei dizer é que gostei muito do jogo, e os meus filhos também, por isso tem o selo de qualidade familiar desta vez. É raro gostarmos todos do mesmo jogo. Muito raro!