A Microsoft Research apresentou um proof-of-concept de um sistema de iluminação que promete expandir a experiência de jogo à nossa sala de estar. Há 20 anos que nos prometem experiências envolventes através do uso de traquitanas, é compreensível que o nosso entusiasmo pela next big thing não seja o mesmo que de antes. Mas…

Assim de repente o Illumiroom até que não parece má ideia, e faz-nos sonhar com aquela forma de jogar que todos nós imaginamos quando pensamos no futuro, longe de efeitos 3D, meninos dentro da televisão ou controladores de movimento manhosos: jogar com Hologramas.

Pelos vídeos de apresentação, Illumiroom parece apostar na projecção de efeitos de luz que simulam movimento, mascaram o ambiente criando ilusões visuais que acompanham as acções do jogo e estendem o campo de visão. Claro que o pivot de toda a experiência não deixa de ser a televisão, mas ainda assim algumas das imagens não deixam de ser promissoras e com potencial para aumentarem o grau de envolvência sobre um videojogo.

E milhões de geeks guincharam.

E milhões de geeks guincharam.

 

O Illumiroom utiliza o Kinect para capturar a aparência e geometria da sala onde estamos a jogar, para adaptar as projecções criadas pelo periférico em tempo real, sem necessidade de pré-processamento dos gráficos.  A Microsoft irá fornecer mais informações em Abril na conferência  ACM CHI 2013.

Mais um bocado de plástico para nos encher o móvel da sala, ou um periférico que pode realmente enriquecer a experiência de jogo? Ao longo dos últimos anos, cada vez mais o impacto dos jogos sobre o utilizador é devido à sua envolvência emocional e acessibilidade, e não tanto pela extensão do jogo ao espaço físico. É a acessibilidade dos controladores de movimento que os aproximou de mais pessoas, ditando o seu sucesso, e não o facto de o jogador estar a viver uma experiência próxima da realidade. Já tivemos luvas, adaptadores, retro-adaptadores, óculos, joysticks que simulam texturas ao toque, câmaras de realidade aumentada, 3D com óculos, sem óculos…até já nos tiraram o comando das mãos e prometeram que íamos fazer amigos virtuais.

A utilidade de um periférico destes estará sempre dependente daquela coisa importante que nós gostamos, e pelo qual as consolas existem, que são os jogos. Não há joguinho, não há luzinhas. Se Illumiroom fizer a nossa mãe chamar os bombeiros, quero três se faz favor. Porque se um é espectacular, então imaginem três. Ou então como luz de presença para os bebés, ou móbil com cavalinhos luminosos e efeitos visuais para os pequenos adormecerem. As possibilidades são infinitas. Mas surpreendam os jogadores, não as nossas mães, pode ser? Imaginem só terem um salão de bowling na vossa sala de estar. O que eu fui dizer…mas vá, se calhar até era giro.

Queremos saber mais sobre Illumiroom e vê-lo em acção. E com a E3 ao virar da esquina, a nova geração de consolas acabou de ficar muito mais promissora.

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