O que me levou ao longo dos anos a repetir as sucessivas acções de instalar, jogar e desinstalar vezes sem conta profere-se RollerCoaster Tycoon 3 (RCT 3). Começo a escrever e já sinto um bicho a percorrer a espinal medula, que por sua vez vai querer controlar o meu braço, mãos e dedos, para novamente instalar [resisto]. Toda esta fervente carência de controlar quilómetros quadrados de construção fantasiosa e tecnológica, num espaço singular, surge das minhas viagens até a Disneyland Paris. O que a Disneyland oferece é incomparável com tudo o que já experimentamos, é certo, e gerir um parque de diversões com mil e uma opções para criar um sério concorrente demonstrativo à mega produção Disney, é tentador [resisto].

Qual Disneyland, qual quê! [RCT 3]

O jogo tem por base a construção de raíz em sandbox mode e a gerência de parques que foram deixados ao destino alheio. O intuito, além de puro divertimento e alguma paciência na construção de parques personalizados e complexas pistas de montanha-russa, é tornar qualquer um num gestor e magnata da área do entretenimento, atraíndo um mar de gente para um ambiente onde todas as emoções se ampliam. É daqueles jogos que não só serve para ocupar um bom tempo, muito tempo, como transmite conhecimentos sobre gestão de negócios que envolvam estratégias de consumo. Muitos podem considerar isto uma apetência capitalista [resisto].

Imaginem com asas no ar. Pois, não têm.

 

Após vários anos de especulação sobre o lançamento de RollerCoaster Tycoon 4, e com um vídeo que apresentava aquele que seria supostamente o novo jogo da série, com melhoria gráfica, novos planos de câmara e novas opções de personalização, nada veio a ser confirmado. A Frontier está e esteve ocupada com jogos iOS, PC e Kinect: Kinectimals, Disneyland Adventures (quem melhor para desenvolver este jogo, coincidência ou não). Mesmo depois de RollerCoaster Tycoon 3 e as suas expansões Wild! e Soaked! que deram bastante longevidade ao jogo [resisto], surgia o Thrillville [resisto sem problema] publicado pela Lucas Arts – uma espécie de adaptação de RollerCoaster – que viria a ser um tweak para party gaming e interacção social num parque de diversões com vários mini-jogos. Conclusão, os fãs (comigo incluído) espalhados pelo mundo a fazerem das tripas coração, numa ausência de assunto que cheirava a mofo para saber mais sobre RollerCoaster Tycoon 4, estavam a ser corrompidos com vídeos de desenvolvimento de outros jogos. No mínimo, adaptados.

Para arrancar mais penas à galinha, no bom sentido, RollerCoaster Tycoon 3D para 3DS, desenvolvido pela n-Space (Heroes of Ruin) e publicado pela Atari, vai aparecer antes do aguardado RCT4. Uma sequela do clássico Theme park, que não é o mesmo Theme Park da Bullfrog Productions, fundada pelo louco Peter Molineux. Já foram confirmadas duas datas para o lançamento de RCT 3D, mas foi adiado para o final do ano. Será que a criação exclusiva para a 3DS serve de proliferação do jogo numa tentativa de chegar a mais novos jogadores, criando ainda mais expectativa para RCT4?

http://www.youtube.com/watch?v=amUs1sq3Zdw

 

O único que se sabe é que RCT 4 está em desenvolvimento pela Frontier, mas como disse anteriormente, estão com outros projectos em mãos e não será confirmado tão cedo. Até esse dia chegar, aconselho-vos uma aventura na Disneyland, passando pela Space Mountain 2 para vos alterar o sistema nervoso, e uma volta pela casa assombrada para entrar em contacto com o outro lado. Depois da vossa viagem épica, comprem o RCT 3 com as expansões, com alguns glitches, e disfrutam de um dos melhores jogos de simulação de gestão e construção. Se já o fizeram, não façam como eu. Não Resistam.