14042011 FORCAS POLICIAIS NO TRIBUNAL DE SOURE EM VIRTUDE DE EST

Não é novidade que o Boom Festival acolhe muita gente oriunda dos quatro cantos do mundo e que da fronteira entre Espanha e Portugal consigam esgueirar-se com estupefacientes que nem o aborígene da Amazónia ou o maior freak de Berlim já ouviram falar. De acordo com isto, a GNR lançou este ano a intitulada ‘Operação Psicadélica’, como o fez na última edição do Boom em 2012, para controlar o fluxo de entrada de drogas para o festival e não só. Sim, porque há outros festivais a decorrerem ao mesmo tempo, como é o caso do Festival Sudoeste que acolhe bastante mais público do que o Boom. Mas será o Sudoeste notícia para apreensão de estupefacientes? Talvez os grandes patrocinadores, de acordo com o seu público alvo, o não permitam.

Tal como o Boom, muitos outros festivais são destino predilecto para muitos milhares de pessoas escaparem-se do quotidiano e viverem experiências ímpares, sejam acompanhadas de boa música ou de conhecimento cultural. De acordo com o Boom, há um “compromisso para criar uma realidade que se relaciona positivamente com o meio ambiente e contribui para a educação e conhecimento de todos.” De acordo como o Sudoeste: Música, sol, praia, e miúdas com qualidades acrescidas da AXE a deixar os festivaleiros pulverizados nos chuveiros com um aroma que dizem atrair qualquer um. E de acordo com a Gamescom, que recebe aproximadamente um número estupefacto de 300.000 pessoas em cada edição, centra-se em celebrar os jogos (interactivos).

Mas porque devia a ‘Operação Psicadélica’ estender-se à Gamescom (ou a qualquer outro festival com tanta gente)? Em primeiro lugar, pela quantidade de público que faz o local rebentar pelas costuras, prejudicando o bem-estar de todos com filas intermináveis como se fosse um dia em cheio na Disneyland, e propício para a fluição de drogas. Principalmente na fila para experimentar os Oculus VR. Não que isto precise de um aditivo psicadélico, e há determinados jogos que o incentivam a consumir virtualmente, o que parece mais seguro. E porque na Gamescom não existe uma tenda que disponibilize “um lugar seguro e de apoio para indivíduos que experienciem uma crise psicadélica”, como acontece no Boom Festival com o apoio da Universidade Católica e do Instituto da Droga e da Toxicodependência. Nem existe uma tenda para tratar os traumas de quem experimenta The Evil Within.

Em segundo lugar, para que os estupefacientes não chegassem às mãos do júri que nomeou os jogos para os prémios da edição de 2014.

E em terceiro lugar porque, tal como o Boom, também a Gamescom é visitada por gente do mundo inteiro, desde o médio oriente a Colômbia, e nunca se sabe o que poderá passar na fronteira alemã. Mas não quer isso dizer que tudo o que passe pela fronteira é destinado à Gamescom. Embora, e num tom de gracejo, podemos estimar 5000 comprimidos de extasy para o pavilhão e-Sports; 450 selos de LSD só para o Stand da Ubisoft; e 50000 doses de haxixe para o evento em geral.

O Rubber Chicken vai estar presente na Gamescom entre os dias 12 e 17 de Agosto.