Asdivine Hearts esteve na nossa lista para analisar algum tempo e sempre que eu olhava para ele nunca lia o seu nome como deve ser, mas sim Ass Divine Hearts. Tendo perfeita consciência de que é um trocadilho juvenil da minha parte que teria muito mais piada há uns 20 anos, mais ou menos quando os jogos deste estilo estavam em grande na SNES, levou-me a pensar que os jogos são como os rabos. Há quem goste deles grandes, outros pequenos, mais jovens ou mais velhos, em forma de coração e hirtos ou redondos e com alguma maleabilidade, uns são pouco apreciados outros podem ser considerados obras-primas no ponto de vista quase unanime.

Asdivine Hearts não é uma obra-prima. É uma obra, só isso. Criado pela Exe Create Inc. e publicado pela Kemco é nada mais que que JRPG banal inspirado nos tantos iguais dos anos 90 do século passado. Especializados em jogos para plataformas portáteis como a N3DS mas particularmente Android e IOS, as raízes deste jogo estão nitidamente fora da terra, assim como todo o seu tronco e folhagem. Poucas coisas são mais nítidas do que a transparência que este jogo mostra estar numa liga acima das suas capacidades no Steam/PC.

Parte de um mundo maior, Asdivine Hearts não deixa de ter os seus pontos positivos, a escrita é leve e alguns diálogos têm piada, a arte gráfica é boa mas não tem mais que isso, é leve demais em todos os outros aspectos. Não tem nada que o coloque à frente da corrida contra tantos outros JRPG que se podem encontrar na plataforma digital para PC, mesmo que se coloque este numa categoria de ports de handheld. Comandos e estrutura de combate que já foi vista várias vezes em vários jogos sem nada de novo. Apenas mais um entre iguais. Recomendar é algo que não consigo fazer para PC, talvez para Android e IOS onde ele estará mais em casa ou se não tiverem mesmo mais nada de JRPG para jogar.

Falando em plataformas portáteis passamos agora para Geki Yaba Runner Deluxe e pensamos, que raio de nome é este?

Como ele próprio indica é um runner, não tem mais que se lhe diga tendo em conta que ainda estou a tentar entender algumas coisas.

Controlamos uma espécie de gnomo cuja missão é salvar uma princesa, até aqui nada de original, e a única coisa que temos que fazer é garantir que ele chegue ao final de cada um dos mais de 100 níveis fazendo-o saltar, apanhar correntes de ar para voar ou usar uma espécie de para-quedas/asa delta para planar entre plataformas já que ele corre da esquerda para a direita automaticamente por defeito.

Como em todos estes jogos há sempre algo para apanhar como objectivo durante o nível, neste caso são meias. Sim meias, aquelas coisas que sem metem entre os pés e os sapatos e podem ser de vários materiais. Porquê não entendo, talvez tenha-me falhado algo na introdução da história ou simplesmente não tem razão para ser, de qualquer maneira não vou reiniciar um jogo de que não gostei para confirmar. Dentro do mundo de runners há muita mais escolha e bem melhores opções por aí.