Ok, vamos por uma ordem socialmente aceite:

Feliz Natal a todos!

Ou equivalente para vocês, eu é mais Yule, mas aceito as festividades generalistas e apropriações cristãs sobre as quais não vou andar a fazer a evangelização das origens destas festividades.

Mais importante ainda para mim hoje é que é dia de especial de Natal de Doctor Who, a maior série de ficção científica de todos os tempos, onde o actual 12º Doctor (não Doctor Who, é só Doctor) interpretado pelo grande Peter Capaldi vai largar a série e dar a vez a Jodie Whittaker a primeira mulher a preencher este grande papel. Não sei o que espero desta nova Doctor, o que espero da série agora que vai ser dirigida por Chris Chibnall depois do massacre que foi a condução de Steven Moffat no geral e a quase destruição da série com aquela detestável Clara Oswald. Vamos ver, porque não é a série em particular que me traz aqui hoje mas sim os jogos de Doctor Who, ou neste caso, os maus jogos de Doctor Who.

De acordo com a Wikipedia (onde eu encontrei a lista mais completa) existem 13 jogos de Doctor Who, e mais um que não sendo de Doctor Who conta com a sua participação. Este facto é curioso porque a partir de hoje vão oficialmente existir 13 regenerações do personagem e uma 14ª conhecida como The War Doctor (com o falecido William Hurt no especial dos 50 anos apenas) e não conta na lista oficial porque não era um “Doctor” propriamente dito, isto é um paralelismo interessante entre as duas coisas. A lista é:

  • Doctor Who: The Adventure Games – Aventura na terceira pessoa
  • Dalek Attack – Plataformas para Spectrum e Amiga
  • Doctor Who: Destiny of the Doctors – Aventuras
  • Doctor Who and the Mines of Terror – Plataformas para Amstrad e C64
  • Doctor Who and the Warlord – Uma coisa para o BBC micro
  • Doctor Who: Legacy – Puzzle RPG para mobile
  • Doctor Who: The Eternity Clock – Aventuras
  • Doctor Who: Evacuation Earth – Puzzle Game tipo Professor Layton na 3DS
  • Lego Dimensions – Personagem e mundo em Lego Dimensions
  • Doctor Who: The First Adventure – Outra coisa para o BBC micro
  • Doctor Who: The Mazes of Time – Aventuras 3D em iOS
  • Doctor Who: Return to Earth – Aventuras na Wii
  • Top Trumps: Doctor Who – Jogo de cartas muito famoso no estrangeiro para várias plataformas
  • Doctor Who: Worlds in Time – MMORPG

O que é que estes 13 têm em comum? São maus. Ou no mínimo não são grande coisa. O que me leva a perguntar porque não há um bom jogo de Doctor Who sem ser a sua parte no Lego Dimensions?

Doctor Who tem uma longa história, não só é a série de ficção científica mais longa e antiga (ainda em existência) da TV com mais de 830 episódios é também dos programas TV mais antigos do mundo, superado apenas por meia dúzia em idade que ainda são emitidos. Devido ao tempo mas especificamente aos imensos escritores e dirigentes da série ao longo dos anos, universo de Doctor Who é igualmente rico em personagens, locais, tempo, aventuras e outras coisas, o potencial do que se pode agarrar e fazer um jogo é quase tão infinito como as possibilidades de viagem quando entramos na TARDIS.

Existindo tanto para usar, porque é que os jogos são sempre tão maus? Será precisamente por isso?

Por causa da fartura de temáticas e possibilidades? Como não há nada a restringir a imaginação de quem cria os jogos acabam por fazer as coisas mais básicas e mal feitas do mundo?

Não sei, a razão e sei que este texto não é grande coisa, é mesmo só um desabafo. Também sei que gostava de ter um bom jogo do Doctor Who no sapatinho e não sei se alguma vez o vou ter. Não é porque não é possível fazer um bom jogo de viagens no tempo, não há muitos bons exemplos mas há por aí.

Um Chrono Trigger do Doctor era o que eu queria. Talvez no Natal de 2018…

Até lá, mais uma vez, Boas Festas!