Parece, mas não é.

Se alguém vos perguntar o nome do robot azul criado por Keiji Inafune, com a capacidade de absorver os poderes dos inimigos que derrota, o que responderiam?

a) Super Mario

b) Mega Man

c) Mighty No. 9

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Se responderam b) ou c) têm toda a razão. Se responderam a)… bem… é melhor não continuarmos a conversa.

Depois da sua saída da casa em que viveu durante quase 3 décadas, a Capcom, e a forma como sentiu que essa ligação à gigante nipónica poderia estar a diminuir a sua capacidade criativa, pelas metas empresariais que lhe eram impostas, Keiji Inafune criou a sua própria companhia: comcept USA. Dessa forma, continuou a grande paixão que o moveu a ingressar no mercado dos videojogos em 1987, quando criou o personagem Rockman (Mega Man no Ocidente): o de character e game design, com total liberdade criativa.

Num processo que relembra a saída de muitos autores da Marvel Comics para criarem a sua própria editora, e com isso cada um “inventou” o seu prório Wolverine ou a sua própria Psylocke, as semelhanças entre este Beck (o protagonista de Mighty No. 9) e a maior criação de Inafune, o Mega Man, são mais do que notórias: são óbvias! O autor justifica que está apenas a aplicar ideias que já tinha desenvolvido há muitos anos, mas que por limitações técnicas lhe foi impossível de concretizar, tais como a absorção de poderes dos inimigos não se limitar a novos poderes, mas sim a alterações fisionómicas do próprio personagem. Apesar de não existirem vídeos de gameplay, tudo aponta que este Mighty No. 9 seja mais que um side-scrolling platformer: as capacidades de alteração físicas do personagem indicam que poderemos estar perante um metroidvania, em que cada nova habilidade permitirá aceder novas zonas do mapa.

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O jogo já está largamente financiado pela comunidade (dos 900,000$ esperados, foram atingidos quase 2,500,000$) estando neste momento apenas a desbloquear bónus, tais como o porte para PS4 e Xbox One, após os resultados desbloquearem para PS3, Xbox 360 e Wii U. E que este Mega Man II (ou Mighty No. 9) demonstre a genialidade de um dos autores mais influentes da história dos videojogos.

E que não seja apenas uma sombra pálida do personagem pertencente à Capcom. Mas como podem ver, tudo indica que não.